REENCONTROS
Quantas vezes nos encontramos
pelas ruas e avenidas....
Quantas vezes nos desencontramos
pelas ruas e avenidas....
Casas velhas
edifícios
velhas árvores
velhas vidas...
Hoje
Fala-se de coisas novas
velhas ficam esquecidas
cicatrizando as feridas
que o tempo
nos propôs.
Quantas vezes
haveremos de nos encontrar
neste caos disfarçado de calmaria?
Quantas vezes?
Quantos dias ?
EU PENSO QUE EXISTO
Eu não existo.
Eu penso que existo
e fico imaginando
mil coisas para mim
que não existo.
Tento negar
esta existência
mas me reencontro
com meras carências mundanas
fraquezas espirituais
dores e ais
obsessões sexuais, musicais...
e digo, escrevo, repito
que não existo
sou fantasia de mim
eu
o poeta
insurgindo-me do nada
ao som de Bach
repassando as cenas do mar
das mulheres nuas e gentis
dos pais e irmãos rindo na ceia
eu criança humana
eu jovem bacana
eu homem responsável
eu velho esperando a morte chegar
eu sempre poeta
meditando, versando....
para descobrir
que não existo.
Sou química?
Apenas isto?
Insisto nisto!
PRESSÁGIO
Mais uma vez
a cafeteira Arno entra em ação.
A manhã é uma loura, louca, plácida.
A agenda, uma perfeita companheira
dos óculos
e as pessoas em volta da cafeteira Arno
entram em ação.
Chega um raio na cidade
e pelas frestas dos edifícios
seca o suor das ruas.
Depois, de uma janela
grita Madalena
louca
aguda
o desabrochar
do 3º milênio.
Sua caricatura
é estampada flácida
nos boletins
do submundo.
CANÇÃO DO MAR
Ai meu velho mar
Ai meu lindo mar
Vou lavar toda a tristeza
que eu trouxe de lá.
Devemos aprender
amar a solidão
amar a tristeza
amar a reclusão.
Ai meu velho mar
Aqui eu quero trabalhar, filosofar...
e a mulher que me quiser, vou namorar.
Ai meu lindo mar
Dai-me alegria e energia
pra eu custar me terminar.
POESIA
Quase tudo é poesia, penso.
A música, o cinema, o teatro
a vida real, o dia a dia...
desejos... tudo tem poesia.
A inspiração das edificações
dos arquitetos do mundo....
é poesia...
a fábrica de juros do capitalismo
e o êxtase nas bolsas de valores
comemora-se com poesia e amores.
Mulheres -alegria dos homens-
são puras poesias
essências dos versos
como a natureza é para os naturalistas
como a revolução para os modernistas...
a vida toda
o mundo gira gira
e tudo vira
poesia.
FOTOGRAFIA
Nos destroços desta geração
lá encontrarão minha fotografia,
um tanto amarelada do tempo
e no cenário uma ventania.
Minha face pálida, morena, colorida...
meu cabelo contrastando com o contra-mar
meu encontro estranho com o flash
e o sorriso mórbido de amar.
Um tanto exótico, desarmado,
esperando que uma morena de olhos verdes confesse
que tanto como ela, ele é amado.
Lábios secos, olhos oblíquos, obstinado
com os destroços desta geração,
um tanto do tempo orfaico a correr pelas mãos.
Fonte:
http://www.vladimirsantos.com.br/
Quantas vezes nos encontramos
pelas ruas e avenidas....
Quantas vezes nos desencontramos
pelas ruas e avenidas....
Casas velhas
edifícios
velhas árvores
velhas vidas...
Hoje
Fala-se de coisas novas
velhas ficam esquecidas
cicatrizando as feridas
que o tempo
nos propôs.
Quantas vezes
haveremos de nos encontrar
neste caos disfarçado de calmaria?
Quantas vezes?
Quantos dias ?
EU PENSO QUE EXISTO
Eu não existo.
Eu penso que existo
e fico imaginando
mil coisas para mim
que não existo.
Tento negar
esta existência
mas me reencontro
com meras carências mundanas
fraquezas espirituais
dores e ais
obsessões sexuais, musicais...
e digo, escrevo, repito
que não existo
sou fantasia de mim
eu
o poeta
insurgindo-me do nada
ao som de Bach
repassando as cenas do mar
das mulheres nuas e gentis
dos pais e irmãos rindo na ceia
eu criança humana
eu jovem bacana
eu homem responsável
eu velho esperando a morte chegar
eu sempre poeta
meditando, versando....
para descobrir
que não existo.
Sou química?
Apenas isto?
Insisto nisto!
PRESSÁGIO
Mais uma vez
a cafeteira Arno entra em ação.
A manhã é uma loura, louca, plácida.
A agenda, uma perfeita companheira
dos óculos
e as pessoas em volta da cafeteira Arno
entram em ação.
Chega um raio na cidade
e pelas frestas dos edifícios
seca o suor das ruas.
Depois, de uma janela
grita Madalena
louca
aguda
o desabrochar
do 3º milênio.
Sua caricatura
é estampada flácida
nos boletins
do submundo.
CANÇÃO DO MAR
Ai meu velho mar
Ai meu lindo mar
Vou lavar toda a tristeza
que eu trouxe de lá.
Devemos aprender
amar a solidão
amar a tristeza
amar a reclusão.
Ai meu velho mar
Aqui eu quero trabalhar, filosofar...
e a mulher que me quiser, vou namorar.
Ai meu lindo mar
Dai-me alegria e energia
pra eu custar me terminar.
POESIA
Quase tudo é poesia, penso.
A música, o cinema, o teatro
a vida real, o dia a dia...
desejos... tudo tem poesia.
A inspiração das edificações
dos arquitetos do mundo....
é poesia...
a fábrica de juros do capitalismo
e o êxtase nas bolsas de valores
comemora-se com poesia e amores.
Mulheres -alegria dos homens-
são puras poesias
essências dos versos
como a natureza é para os naturalistas
como a revolução para os modernistas...
a vida toda
o mundo gira gira
e tudo vira
poesia.
FOTOGRAFIA
Nos destroços desta geração
lá encontrarão minha fotografia,
um tanto amarelada do tempo
e no cenário uma ventania.
Minha face pálida, morena, colorida...
meu cabelo contrastando com o contra-mar
meu encontro estranho com o flash
e o sorriso mórbido de amar.
Um tanto exótico, desarmado,
esperando que uma morena de olhos verdes confesse
que tanto como ela, ele é amado.
Lábios secos, olhos oblíquos, obstinado
com os destroços desta geração,
um tanto do tempo orfaico a correr pelas mãos.
Fonte:
http://www.vladimirsantos.com.br/
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