quarta-feira, 23 de março de 2011

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n.163)


Uma Trova Nacional
Sofro, não nego! O destino
Levou-te dos braços meus.
Por pouco não perco o tino,
pois, nem me disseste adeus!
– ZENAIDE MARÇAL/CE –

Uma Trova Potiguar
Na madrugada sem fim,
a saudade, desvairada,
acende um confronto em mim
entre um ninguém e um nada!...
– MANOEL CAVALCANTE/RN –

Uma Trova Premiada

2005 > Niterói/RJ
Tema > ENCONTRO > Venc.

Há muita gente perdida,
que vive sem ruma, a esmo,
adiando sempre, na vida,
o encontro consigo mesmo!...
– LOURDES REGINA GUTBROD/RJ –

Uma Trova de Ademar
Em quase todos momentos,
os fazedores de versos
transportam seus pensamentos
para quaisquer universos...
– ADEMAR MACEDO/RN –

...E Suas Trovas Ficaram
Teu olhar sereno e terno
sobre os meus olhos pousou,
qual chuva de fim de inverno
num campo que já secou.
– ADAUTO GONDIN/CE –

Simplesmente Poesia

– José Lucas de Barros/RN –
EU E O TEMPO.

O crescimento da idade
só nos leva para frente,
por isso, em doze de março,
me sinto muito contente
por mais um ano de vida
que Deus me dá de presente.

Essa glória de ser gente,
capaz de fazer o bem,
já mostra toda a beleza
que nossa existência tem,
graças aos fluidos eternos
Que lá das alturas vêm.

O tempo até me faz bem,
não me dói nem causa estresse,
vai medindo minha estrada,
pouco importa se envelhece,
pois toda fruta só fica
doce quando amadurece.

Aprendi a fazer prece
e a ter amor sem medida,
a ver o irmão como irmão
nesta “terra prometida”,
buscando a paz e a concórdia
no campo aberto da vida.

Estrofe do Dia
Vamos quebrar as pistolas
fuzis e metralhadoras,
contratar mais professoras
por mais livros nas sacolas,
somos carentes de escolas
com merenda e pó de giz,
para educar os guris
dando fim ao marginal,
não tendo amor fraternal
não há quem seja feliz.
– JOMACI DANTAS/PB –

Soneto do Dia

– Darly O. Barros/SP –
ARIDEZ.

Sacia a sede infinda, fonte augusta,
desta minha alma que, ao buscar teu veio,
tateia no vazio – e, quanto custa
te ver jorrar somente em peito alheio!

Calou-se a minha pena e, o que me assusta,
é, nunca mais ouvi-la em seu gorjeio,
amordaçada à pena atroz, injusta,
que tu me impões, mercê do teu bloqueio!

Sacia, fonte, a sede de minha alma,
lhe dando de beber , e , o medo, acalma
deste poeta que hoje se angustia,

à idéia de não mais lhe ser possível,
fruir desse prazer indescritível
que é derramar-se em nova poesia...

Fonte:
Ademar Macedo

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