Esta poderia ser a HISTÓRIA de um cachorrinho. Poderia! Seguidamente nas andanças pelo cantinho da barra passo em frente do hotel para um papo com o Joaquim, comandante do local.
Curiosamente onde eu o encontro é na rua e não no trabalho interno, por isso não tinha ainda acessado alguma das dependências do hotel. Na quarta-feira, porém, portão aberto, me dirigi à portaria à procura do Joaquim. Novamente ele não estava.
No local um cachorrinho dormia num canto a ele preparado, e uma senhorinha simpática me recebeu com um bom dia alegrinho. Disse a ela que noutro dia ali estivera e, não tendo visto ninguém, tentei uma conversa com o cachorrinho que dormia.
A garota disse que não era um cachorrinho de verdade, por isso não tem reações e estímulos. Dorme dias e noites, alheio ao mundo-cão.
Então a crônica de um cãozinho não passou de ESTÓRIA de um não-cachorrinho, que assim mesmo segue impondo algum respeito a alguém no recinto. Mesmo inerte tem alguma utilidade. Silencioso, faz a sua parte, faz a gente calar. E a voz do silêncio é tantas vezes poderosa.
= = = = = = = = = = = = = = = = = =
Silmar Bohrer nasceu em Canela/RS em 1950, com sete anos foi para em Porto União-SC, com vinte anos, fixou-se em Caçador/SC. Aposentado da Caixa Econômica Federal há quinze anos, segue a missão do seu escrever, incentivando a leitura e a escrita em escolas, como também palestras em locais com envolvimento cultural. Criou o MAC - Movimento de Ação Cultural no oeste catarinense, movimentando autores de várias cidades como palestrantes e outras atividades culturais. Fundou a ACLA-Academia Caçadorense de Letras e Artes. Membro da Confraria dos Escritores de Joinville e Confraria Brasileira de Letras. Editou os livros: Vitrais Interiores (1999); Gamela de Versos (2004); Lampejos (2004); Mais Lampejos (2011); Sonetos (2006) e Trovas (2007).
Fontes:
Texto enviado pelo autor.
Imagem criada por Jfeldman com Microsoft Bing
Nenhum comentário:
Postar um comentário