quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

Silmar Bohrer (Croniquinha) 127

É certo que a poesia e a musicalidade permeiam, volitam e persuadem pessoas com seus eflúvios e sonoridades . Poemas e letras de músicas põem corações a recordar e vibrar. 
    
Mais do que verdadeiro que o  Brasil é um ninho imenso de musicalidade associada com poesia, e então temos os nacos, lampejos, pedacinhos que são verdadeiros quase-poemas das músicas do sul da pátria.  Fragmentos  preciosos.  Como estes :

Sem ternura as almas morrem de fome.
Linda vertente das minhas lembranças.
A solidão é uma tapera.
Sina estradeira  faz trocar de rincão.
Na alma do poeta uma rima sonolenta. 

Tristezas são sementes não nascidas.
A constância inconstante das estradas.
O rancho pariu silêncios.
Sou um cais navegando a procurar teu navio.
Lembranças castigam como açoite. 

Dois olhos de coruja num castiçal de moirão.
Há um ar de brisa cálida no teu rosto.
Lembranças de um tempo de adoça a alma.
Sinto teu cheiro na baeta do meu corpo.
O que restou foi sonho e o rancho vazio.
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Silmar Bohrer nasceu em Canela/RS em 1950, com sete anos foi para em Porto União-SC, com vinte anos, fixou-se em Caçador/SC. Aposentado da Caixa Econômica Federal há quinze anos, segue a missão do seu escrever, incentivando a leitura e a escrita em escolas, como também palestras em locais com envolvimento cultural. Criou o MAC - Movimento de Ação Cultural no oeste catarinense, movimentando autores de várias cidades como palestrantes e outras atividades culturais. Fundou a ACLA-Academia Caçadorense de Letras e Artes. Membro da Confraria dos Escritores de Joinville e Confraria Brasileira de Letras. Editou os livros: Vitrais Interiores  (1999); Gamela de Versos (2004); Lampejos (2004); Mais Lampejos (2011); Sonetos (2006) e Trovas (2007).

Fontes: 
Texto enviado pelo autor. 
Imagem criada por Jfeldman com Microsoft Bing 

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