sexta-feira, 25 de março de 2011

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n.164 e 165)


Uma Trova Nacional
Se temos paz, temos tudo,
pois ela nos satisfaz!
Conheço gente, contudo,
que tem "tudo", menos paz!
– Antônio Sardenberg/RJ –

Uma Trova Potiguar
Se o aquecimento global
não for combatido agora,
o amanhã será fatal,
o fim virá sem demora.
– Ieda Lima/RN –

Uma Trova Premiada

2006 > Fortaleza/CE
Tema > ESQUINA > 3º Lugar.

Parece que a minha sina
na caminhada da vida,
é deixar em cada esquina
uma esperança perdida.
– Nazareno Tourinho/PA –

Uma Trova de Ademar
Temo por nossa criança
que tem nas mãos um fuzil,
matando toda esperança
no futuro do Brasil...
– Ademar Macedo/RN –

...E Suas Trovas Ficaram
Não foste a minha metade,
pois jamais me deste um "sim".
Mas fizeste que a saudade
fosse metade de mim!
– José M. Machado Araújo/RJ –

Simplesmente Poesia

Agnelo Campos/SP –
C H U V A.

Disseram que ela caiu ...
Mentira !
A chuva não caiu.
Ela dançou a noite toda,
e, de madrugada,
cansada,
deitou-se ao chão
e escorregando tonta
foi dormir no lago ...

Estrofe do Dia
Só um cego não vê essa verdade,
totalmente lógica para um crítico.
Não é prioridade do político,
o dinheiro polui a humanidade.
No direito e na religiosidade
tudo é feito “por debaixo do pano”
o honesto sofre grande desengano
o mundo está pior do que se pensa:
Dinheiro compra o juiz e a sentença
e degrada de vez o ser humano...
– Francisco Macedo/RN –

Soneto do Dia

– Batista Soares/CE –
CACO DE VIDRO.

A reluzir – joia esplendente e rara,
no escrínio escuro de veludo opaco
da noite, que de luz se iluminara,
vi-o. Era, de um vidro, um simples caco...

Ante o seu brilho intenso eu exclamara:
– Bela jóia! Mas logo o ardor aplaco
ao ver que toda refulgência clara
provinha só de vítreo e mero caco...

Quanta gente anda a blasonar grandezas,
mostrando as chamas da virtude acesas,
a quem, no verso, com malícia exalço,

cujo valor reside na aparência!...
– Não tem, sequer, do vidro a transparência
E todos sabem que este brilho é falso...

Mensagens Poéticas n. 164

Uma Trova Nacional
Agonia é ver teus passos
numa pressa que alucina
e saber que noutros braços
a tua pressa termina.
– Ana Maria Motta/RJ –


Uma Trova Potiguar
Dos meus poemas diversos
inspirados no amor,
são esses os últimos versos
de um poeta trovador.
– Djalma Mota/RN –

Uma Trova Premiada

2006 > CTS/Caicó/RN
Tema > PONTE > 7º Lugar.

Deus construiu no horizonte,
onde ninguém pode ver,
uma belíssima ponte
que a gente cruza ao morrer!
Josafá F. da Silva/RJ –

Uma Trova de Ademar
O meu cérebro é um motor
que não se gasta energia...
Trabalha a todo vapor,
pois é movido a poesia.
– Ademar Macedo/RN –

...E Suas Trovas Ficaram
Saudade!... Raio de lua,
suprindo o Sol que brilhou...
Tábua solta, que flutua,
depois que o amor naufragou!
– Waldir Neves/RJ –

Simplesmente Poesia

Gilson Faustino Maia/RJ –
OBRIGADO, SENHOR!

Obrigado, Senhor, por nascido,
por ter sido gerado na esperança.
Por ter vivido os tempos de criança
por um amor de mãe bem acolhido.

Obrigado pelos mestres, sempre atentos,
e os amigos que tive e os que terei.
Pelas rainhas para quem fui rei,
pela saudade, pelos sofrimentos.

Pelas pedras, também, da longa estrada,
pelas diversas formas de carinho.
Por lindas flores, pelos passarinhos
e pela linda lua prateada.

Por este céu azul de sol bem quente
e por ter aprendido o verbo amar.
Pelo perdão que vivo a suplicar
aos erros meus, dos quais sou consciente.

Dai-me, Senhor, a paz ao coração
e uma rima feliz na poesia.
Dai-me saúde, Pai, muita alegria
E a cada dia mais inspiração.

Estrofe do Dia
Até nos brutos se vê
Que a mãe ao filho quer bem,
Morre o bezerro, e a vaca
Com o desgosto que tem,
Se intriga até com o dono
Não dá mais leite a ninguém.
– Pinto do Monteiro/PB –

Soneto do Dia

– Dedé Monteiro/PB –
AS QUATRO VELAS.

Quatro velas falavam sobre a mesa.
E falavam da vida e tudo mais...
A primeira falou: - Eu sou a paz,
mas o mundo não quer me ver acesa.

A segunda, com suspiros desiguais,
disse triste: - É a fé a minha empresa;
nem de Deus se respeita a realeza.
Sou supérflua; meu fogo se desfaz.

A terceira murmura, já sem cor:
-Estou triste também, sou o amor;
mas perdi o fulgor, como vocês.

Foi a vez da esperança, a quarta vela:
-Não desista ninguém: a vida é bela!
E acendeu, novamente, as outras três.

Fonte:
Ademar Macedo

Um comentário:

Helen De Rose disse...

É sempre um prazer ler você, José.