Q
QUEIJEIRO (depreciativo), — Roceiro, matuto.
QUEIXADA:— Porco-do-mato: é o javali brasileiro. Anda em varas e estala os dentes em grande alarido. Não gosta do cheiro de urina.
QUÊNQUÊM — Formiga carregadeira, de porte menor que a saúva; não é cabeçuda.
QUENTAR — Esquentar; aquecer. Quentando sol; quentar fogo; quentar o de comer.
QUICÉ — Faca vagabunda, gasta, sem ponta.
QUITANDA — Doce seco, rosca, biscoito, bolo de qualquer farinha ou fécula.
QUIZILA — Antipatia.
R
RABINHA (pop.) — Caçarola de ferro estanhado.
RABO-DE-ÉGUA — Garrucha de carregar pela boca.
RABO-DE-TATU — Taca; relho.
RAPARIGA — Prostituta.
REINAR — Pensar. Eu já reinava que isto acontecia.
REJUME (corrup.) — Regime; hábito; costume.
REVIRÃO — Pala do vestido.
RIBA (pop.) — Lugar mais alto; em riba, para riba: em cima, para cima.
RIDICAR — Sovinar.
RINGIR — Ranger.
ROQUEIRA — Pedaço de cano enfiado numa vigota de madeira e com ouvido para escorva. Nas festas usa-se enfileirar centenas delas. Um vem com uma capanga de pólvora e vai pondo um tanto que serve em cada cano; um outro com um embornal de farinha de mandioca, daquela redonda, de grão, enche o restante do cano; um terceiro vem fazendo o rastilho de pólvora. Há uma foice na fogueira, avermelhando: chega-se a foice no rastilho e está feito o inferno.
ROXA — Morena.
RUA — Cidade. Moro na rua. Vou "na" rua.
S
SAPICUÁ — Embornal.
SAPIROCA — Tersol.
SAPITUCA — Fanico; ataque, crise histérica.
SARAPANTAR — Aterrorizar; assustar; amedrontar; espantar.
SARCEIRO — Barulho, reboliço.
SECA — "Sem seca", sem cerimônia. Indivíduo sem seca: afável, acessível.
SESTRO — Costume, vício.
SIRIRI — Mariposa de cupim.
SOCA — Sobra de fósforo aceso: "Dê-me a soca…"
SOPITADO — Abafado, agoniado, oprimido do peito.
SOPITAR — Sentir aflição, opressão interna.
SORTIMENTO — Em caçada, sortimento significa munição.
SUADOR — Pequeno’ acolchoado que fica entre o baixeiro e o arreio do animal.
SUÇUARANA — Onça parda.
SUFRAGANTE (corrupt.) — de flagrante) — "No sufragante" em flagrante.
SUNGAR — Levantar; erguer. Palavra muito empregada. Usa–se mais dizer: "erguer". "Levantar" não é tão usada como no interior paulista.
SURIAR — O mesmo que arear; arrasamento de um poço pela areia conduzida pela enchente: "O poço em que pescávamos suriou…"
T
TACA — Surra, pancada.
TAIPA — Muro ou parede de terra socada entre tábuas.
TAMBORETE — Assento tradicional no sertão, de três ou quatro pernas, com forro de couro cru.
TANAJURA — Saúva fêmea provida de asas.
TEIRÓ — Antipatia.
TENDA — Pequena oficina de ferreiro.
TIMBA — Prenhez; ventre crescido.
TIMBÓ — Cipó cuja infusão, aplicada no pêlo dos animais, extermina os parasites. Batido na água do rio intoxica os peixes, aturdindo-os.
TINHOSO — Diabo, capeta.
TIU — Cão.
TIÚ — Lagarto "teiú".
TOADA — Marcha regular do animal.
TORUMBAMBA — Barulho, briga com pancadaria; confusão.
TOUÁ — Tabatinga, argila clara e liguenta.
TRABALHAR — Palavra de cangaço, que significa matar ou sacrificar alguém.
TRAIA — Total de utensílios para um determinado serviço: traia de pescaria: linhas, anzóis, tarrafa, rede etc. (tralha)
TRAIÇÃO — Combinação secreta entre roceiros para, juntos, prestarem serviço de derrubada, capina etc, a um outro roceiro. Chegam de improviso: é a "traição".
TREM — Coisa; qualquer objeto concreto ou abstrato. Este termo é largamente empregado em Goiás. "Estou com vontade de comer um trem".
QUEIJEIRO (depreciativo), — Roceiro, matuto.
QUEIXADA:— Porco-do-mato: é o javali brasileiro. Anda em varas e estala os dentes em grande alarido. Não gosta do cheiro de urina.
QUÊNQUÊM — Formiga carregadeira, de porte menor que a saúva; não é cabeçuda.
QUENTAR — Esquentar; aquecer. Quentando sol; quentar fogo; quentar o de comer.
QUICÉ — Faca vagabunda, gasta, sem ponta.
QUITANDA — Doce seco, rosca, biscoito, bolo de qualquer farinha ou fécula.
QUIZILA — Antipatia.
R
RABINHA (pop.) — Caçarola de ferro estanhado.
RABO-DE-ÉGUA — Garrucha de carregar pela boca.
RABO-DE-TATU — Taca; relho.
RAPARIGA — Prostituta.
REINAR — Pensar. Eu já reinava que isto acontecia.
REJUME (corrup.) — Regime; hábito; costume.
REVIRÃO — Pala do vestido.
RIBA (pop.) — Lugar mais alto; em riba, para riba: em cima, para cima.
RIDICAR — Sovinar.
RINGIR — Ranger.
ROQUEIRA — Pedaço de cano enfiado numa vigota de madeira e com ouvido para escorva. Nas festas usa-se enfileirar centenas delas. Um vem com uma capanga de pólvora e vai pondo um tanto que serve em cada cano; um outro com um embornal de farinha de mandioca, daquela redonda, de grão, enche o restante do cano; um terceiro vem fazendo o rastilho de pólvora. Há uma foice na fogueira, avermelhando: chega-se a foice no rastilho e está feito o inferno.
ROXA — Morena.
RUA — Cidade. Moro na rua. Vou "na" rua.
S
SAPICUÁ — Embornal.
SAPIROCA — Tersol.
SAPITUCA — Fanico; ataque, crise histérica.
SARAPANTAR — Aterrorizar; assustar; amedrontar; espantar.
SARCEIRO — Barulho, reboliço.
SECA — "Sem seca", sem cerimônia. Indivíduo sem seca: afável, acessível.
SESTRO — Costume, vício.
SIRIRI — Mariposa de cupim.
SOCA — Sobra de fósforo aceso: "Dê-me a soca…"
SOPITADO — Abafado, agoniado, oprimido do peito.
SOPITAR — Sentir aflição, opressão interna.
SORTIMENTO — Em caçada, sortimento significa munição.
SUADOR — Pequeno’ acolchoado que fica entre o baixeiro e o arreio do animal.
SUÇUARANA — Onça parda.
SUFRAGANTE (corrupt.) — de flagrante) — "No sufragante" em flagrante.
SUNGAR — Levantar; erguer. Palavra muito empregada. Usa–se mais dizer: "erguer". "Levantar" não é tão usada como no interior paulista.
SURIAR — O mesmo que arear; arrasamento de um poço pela areia conduzida pela enchente: "O poço em que pescávamos suriou…"
T
TACA — Surra, pancada.
TAIPA — Muro ou parede de terra socada entre tábuas.
TAMBORETE — Assento tradicional no sertão, de três ou quatro pernas, com forro de couro cru.
TANAJURA — Saúva fêmea provida de asas.
TEIRÓ — Antipatia.
TENDA — Pequena oficina de ferreiro.
TIMBA — Prenhez; ventre crescido.
TIMBÓ — Cipó cuja infusão, aplicada no pêlo dos animais, extermina os parasites. Batido na água do rio intoxica os peixes, aturdindo-os.
TINHOSO — Diabo, capeta.
TIU — Cão.
TIÚ — Lagarto "teiú".
TOADA — Marcha regular do animal.
TORUMBAMBA — Barulho, briga com pancadaria; confusão.
TOUÁ — Tabatinga, argila clara e liguenta.
TRABALHAR — Palavra de cangaço, que significa matar ou sacrificar alguém.
TRAIA — Total de utensílios para um determinado serviço: traia de pescaria: linhas, anzóis, tarrafa, rede etc. (tralha)
TRAIÇÃO — Combinação secreta entre roceiros para, juntos, prestarem serviço de derrubada, capina etc, a um outro roceiro. Chegam de improviso: é a "traição".
TREM — Coisa; qualquer objeto concreto ou abstrato. Este termo é largamente empregado em Goiás. "Estou com vontade de comer um trem".
Fonte: Estórias e Lendas de Goiás e Mato Grosso. Seleção de Regina Lacerda. Desenhos de J. Lanzelotti. Ed. Literat. 1962
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