domingo, 15 de julho de 2018

Ulysses Lins de Albuquerque (1889 – 1979)

Ulisses (também grafado Ulysses) Lins de Albuquerque nasceu em Sertânia (PE) , em 9 de maio de 1889, filho de Manuel Coelho Lins de Albuquerque e de Teresa Lins de Siqueira. 

Funcionário público, formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Recife. Foi professor interino, em 1904, e teve uma escola particular. Nomeado pelo governador Sigismundo Gonçalves, foi agente do Tesouro na Coletoria Estadual e agente fiscal do Imposto de Consumo em Pernambuco. Transferido para São Paulo, em 1938, atuou na advocacia e na indústria agropecuária, aposentou-se em 1940.. Em 1945, elegeu-se constituinte e, depois, deputado federal por Pernambuco, na legenda do Partido Social Democrático (PSD). Preocupado com o andamento das obras realizadas pela Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (CHESF), destacou-se na defesa da construção da usina hidrelétrica de Paulo Afonso.

Após a promulgação da nova Carta (18/9/1946), passou a exercer o mandato na legislatura ordinária, tornando-se membro da Comissão de Transportes e Comunicações da Câmara. Reelegeu-se deputado federal nos pleitos de outubro de 1950 e de 1954 e, ao final do último mandato, em janeiro de 1959, deixou a Câmara, não voltando a exercer cargos públicos eletivos.

Foi membro da Academia Pernambucana de Letras e seu representante na federação das Academias do Brasil, sócio do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano e membro do Instituto Genealógico de Pernambuco.

Foi casado com Rosa Bezerra Lins de Albuquerque, com quem teve nove filhos.

Faleceu no Rio de Janeiro em 29 de dezembro de 1979.

Publicou Pedúnculos (1916), Ao sol do sertão (poesia, 1922), Mestres e discípulos (1927), De joelhos (com o pseudônimo de Bilac Sobrinho, 1930), Livro de Inach (1933), Um sertanejo e o sertão (memórias, 1957, 2ª ed., 1976), Chico Dandim (romance, 1974), O boi de ouro e outras histórias (1975), Fogo e cinza, Sertão mártir, Hino à gleba, Alma da terra, Estrada de espinho, Moxotó brabo, Sol poente e Três Ribeiras.

O arquivo de Ulisses Lins encontra-se depositado no Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC) da Fundação Getúlio Vargas.

Fontes:

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