São Paulo/SP, 1945 – 2021, Santos/SP
A ARTE E A CRIATURA
Tudo o que a retina humana fotografa é registrado com mais ou menos força no cérebro. A contemplação de uma paisagem, por uma pessoa de sensibilidade, pode criar sensações, inexplicáveis, em sua alma, e essa mesma paisagem, vista por outra criatura menos sensível, pode passar completamente despercebida.
A Arte é magia que penetra na alma e povoa a mente das criaturas.
É o despertar das ideias mais elevadas do ser humano.
E claro que, dependendo da categoria a que pertença esta criatura, as visões de um tema, ao invés de propiciar pensamentos sublimes, pode também contribuir para estimular pensamentos ruins.
Diante de tal questão, é desejável que a Arte caminhe sempre de mãos dadas com a moral, dentro de objetivos que, através da sensibilidade, consiga entusiasmar a criatura, atingindo subjetivamente sua inteligência.
Segundo a filosofia, o homem, antes de pensar, sente.
O pensamento nasce como fatal consequência do sentimento e desvela pensamentos, que fazem nascer diferentes estados da alma.
Quando se sente oprimida, a criatura humana, por ideias ácidas e tormentosas refia-se na literatura, na poesia, na música ou na contemplação de uma obra de Arte.
Diante da influência benéfica da Arte, o espírito ferido encontra o bálsamo milagroso.
Se a Arte em geral desperta sentimentos bons, estimulando novas ideias, fortalecendo a inteligência, não resta dúvidas de que é saudável estabelecer ligações permanentes com as variadas formas de beleza encarnadas pela Arte.
(In Cláudio de Cápua. Retalhos de Imprensa. São Paulo: EditorAção, 2020. Enviado pelo autor)
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