Tasso da Silveira (Curitiba PR, 1895 - Rio de Janeiro RJ, 1968). Tasso da Silveira era filho do poeta simbolista paranaense Silveira Neto. Foi jornalista, deputado, professor universitário no Rio de Janeiro e figura central do grupo Festa, que chegou a oferecer resistência e fez oposição ao espírito revolucionário modernista.
Formou-se bacharel em Direito pela Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais, no Rio de Janeiro, em 1818, mesmo ano em que publicou seu primeiro livro de poesia, Fio d'Água. No ano seguinte, fundou e tornou-se diretor das revistas Os Novos, Árvore Nova, Terra do Sol, com Álvaro Pinto, América Latina, com Andrade Muricy e Cadernos da Hora Presente, com Rui de Arruda. Colaborou nos jornais O Momento, Rio-Jornal, A Manhã, e na Revista Sul-Americana. Foi secretário dos jornais Diário da Tarde e O Estado e redator do Diário da Manhã.
Dedicou-se a escrever peças teatrais, como "As Mãos e o Espírito", críticas e ensaios, mas foi na poesia que conquistou lugar de destaque entre os primeiros modernistas brasileiros.
A revista Festa, lançada por ele em conjunto com outros colegas, reúne um grupo de poetas, pensadores, filósofos e escritores que formaram a chamada Corrente Espiritualista do Modernismo. Entre estes colegas que fizeram parte do grupo Festa, estiveram: Andrade Muricy, Adelino Magalhães, Cecília Meireles, Murilo Araújo, Plínio Salgado, Tristão de Ataíde e muitos outros nomes conhecidos das artes literárias da época.
Também se costuma classificar o grupo Festa como uma espécie de "reação simbolista". De fato, basta prestar atenção e ver que há na poesia de Cecília Meireles e do próprio Tasso da Silveira uma influência indiscutível do simbolismo.
Elegeu-se deputado estadual em Curitiba PR, em 1930. Nas duas décadas seguintes foi professor catedrático de Literatura Portuguesa na Universidade Católica e de Literatura Brasileira no Instituto Santa Úrsula, no Rio de Janeiro. Foi também funcionário da Casa da Moeda, entre 1930 e 1960. Em 1956, foi homenageado com o prêmio Machado de Assis, concedido pela Academia Brasileira de Letras para o conjunto de sua obra. Fazem parte da obra poética de Tasso de Oliveira os livros As Imagens Acesas (1928), Definição do Modernismo Brasileiro (1932), Contemplação do Eterno (1952), Regresso à Origem (1960) e Puro Canto (1962), entre outros. Sua poesia filia-se à segunda geração do Modernismo.
Tasso da Silveira foi um defensor dos valores culturais, do pensamento provinciano, valores que segundo ele provêm das forças telúricas e da energia mental renovadora. Segundo as palavras do poeta, "a cidade cosmopolita consagra, é um foco de expansão, mas o que vem do cerne provinciano é que traz o rumor da beleza e é origem da emoção enaltecedora do ser humano."
Seu estilo é marcado pela simplicidade. Tasso lutou contra o ceticismo e o materialismo e buscou atingir com sua poesia uma pureza essencial.
Apesar da oposição ao modernismo, Tasso da Silveira colheu elogios de uma das principais figuras modernistas, o poeta, ensaísta, romancista e musicólogo Mário de Andrade:
"(...) esse artista apresenta a imagem quase brutal, em nosso meio, da coerência, da probidade silenciosa, do respeito para com os seus próprios ideais. (...) E os seus poemas, tão mansos e silenciosos, soam como um clamor." Essa apreciação do autor de Macunaíma está no livro O Empalhador de Passarinho, de 1944.
O que ressalta na poesia de Tasso da Silveira é um lirismo construído com o sentimento do imponderável: o pássaro, o êxtase, a treva. É também esse fascínio pelo mar, pelos barcos e pelas ressonância longínqua das estrelas.
Com uma obra que reúne doze livros de poemas, mais ensaios, romances e textos teatrais, Tasso da Silveira faleceu em 1968.
Fonte:
http://www.astormentas.com/
http://br.geocities.com/poesiaeterna/poetas/brasil/tassodasilveira.htm
http://www.algumapoesia.com.br/poesia2/poesianet130.htm
Formou-se bacharel em Direito pela Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais, no Rio de Janeiro, em 1818, mesmo ano em que publicou seu primeiro livro de poesia, Fio d'Água. No ano seguinte, fundou e tornou-se diretor das revistas Os Novos, Árvore Nova, Terra do Sol, com Álvaro Pinto, América Latina, com Andrade Muricy e Cadernos da Hora Presente, com Rui de Arruda. Colaborou nos jornais O Momento, Rio-Jornal, A Manhã, e na Revista Sul-Americana. Foi secretário dos jornais Diário da Tarde e O Estado e redator do Diário da Manhã.
Dedicou-se a escrever peças teatrais, como "As Mãos e o Espírito", críticas e ensaios, mas foi na poesia que conquistou lugar de destaque entre os primeiros modernistas brasileiros.
A revista Festa, lançada por ele em conjunto com outros colegas, reúne um grupo de poetas, pensadores, filósofos e escritores que formaram a chamada Corrente Espiritualista do Modernismo. Entre estes colegas que fizeram parte do grupo Festa, estiveram: Andrade Muricy, Adelino Magalhães, Cecília Meireles, Murilo Araújo, Plínio Salgado, Tristão de Ataíde e muitos outros nomes conhecidos das artes literárias da época.
Também se costuma classificar o grupo Festa como uma espécie de "reação simbolista". De fato, basta prestar atenção e ver que há na poesia de Cecília Meireles e do próprio Tasso da Silveira uma influência indiscutível do simbolismo.
Elegeu-se deputado estadual em Curitiba PR, em 1930. Nas duas décadas seguintes foi professor catedrático de Literatura Portuguesa na Universidade Católica e de Literatura Brasileira no Instituto Santa Úrsula, no Rio de Janeiro. Foi também funcionário da Casa da Moeda, entre 1930 e 1960. Em 1956, foi homenageado com o prêmio Machado de Assis, concedido pela Academia Brasileira de Letras para o conjunto de sua obra. Fazem parte da obra poética de Tasso de Oliveira os livros As Imagens Acesas (1928), Definição do Modernismo Brasileiro (1932), Contemplação do Eterno (1952), Regresso à Origem (1960) e Puro Canto (1962), entre outros. Sua poesia filia-se à segunda geração do Modernismo.
Tasso da Silveira foi um defensor dos valores culturais, do pensamento provinciano, valores que segundo ele provêm das forças telúricas e da energia mental renovadora. Segundo as palavras do poeta, "a cidade cosmopolita consagra, é um foco de expansão, mas o que vem do cerne provinciano é que traz o rumor da beleza e é origem da emoção enaltecedora do ser humano."
Seu estilo é marcado pela simplicidade. Tasso lutou contra o ceticismo e o materialismo e buscou atingir com sua poesia uma pureza essencial.
Apesar da oposição ao modernismo, Tasso da Silveira colheu elogios de uma das principais figuras modernistas, o poeta, ensaísta, romancista e musicólogo Mário de Andrade:
"(...) esse artista apresenta a imagem quase brutal, em nosso meio, da coerência, da probidade silenciosa, do respeito para com os seus próprios ideais. (...) E os seus poemas, tão mansos e silenciosos, soam como um clamor." Essa apreciação do autor de Macunaíma está no livro O Empalhador de Passarinho, de 1944.
O que ressalta na poesia de Tasso da Silveira é um lirismo construído com o sentimento do imponderável: o pássaro, o êxtase, a treva. É também esse fascínio pelo mar, pelos barcos e pelas ressonância longínqua das estrelas.
Com uma obra que reúne doze livros de poemas, mais ensaios, romances e textos teatrais, Tasso da Silveira faleceu em 1968.
Fonte:
http://www.astormentas.com/
http://br.geocities.com/poesiaeterna/poetas/brasil/tassodasilveira.htm
http://www.algumapoesia.com.br/poesia2/poesianet130.htm
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