domingo, 1 de agosto de 2010

Marita França (Paraná em Trovas)


No jardim do meu solar,
Flores têm a sua história…
Sempre me fazem lembrar,
O que ficou na memória!

Curitiba é tão catita,
Como jovem debutante,
Sempre florida e bonita
– E tem charme, é elegante!

Fazer castelos no ar,
Deixa a gente bem feliz…
Ideais a realizar,
Numa vida que condiz.

Nosso amor um roseiral,
Cheio de flores, espinhos,
Muito doce nosso ideal,
No percorrer dos caminhos!

Numa bandeja de ouro,
Dei-lhe a flor da inspiração
E você, ó meu tesouro,
Deu-me a flor do coração!

Sinto meu nome tão doce,
Ao você chamar por mim,
Escuto como se fosse,
O canto de um Querubim.

A saudade, como a brisa,
Passa de leve na gente;
É lembrança que ameniza,
Igual aura permanente.

Fé nos leva ao infinito
E bem juntinho de Deus,
Num transporte tão bonito,
Que a tristeza diz adeus!

A Deus levantando os braços,
com elegância e vigor;
pinheiros, sem embaraços,
são beijos de Paz e Amor!

A poesia, inspiração
Fulge na alegria e na dor...
são toques do coração
que nos empolgam no amor.

Que maravilha os Pinheiros
de Santa Felicidade;
tem passarinhos fagueiros
que encantam nossa cidade!

Meu querido piano amigo,
com acordes de veludo...
Quando me sinto contigo,
sempre me esqueço de tudo!

Com seu manto, enobrecida,
cobre o povo varonil
a Virgem Aparecida:
Padroeira do Brasil!

“Menino Deus, que ventura,
quero pertinho de mim...
Com sua bênção, doçura,
no meu cantinho sem fim!”
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Fontes:
– Vasco José Taborda e Orlando Woczikosky (organizadores). Antologia de Trovadores do Paraná. Curitiba: O Formigueiro, 1984.
– Pompília Lopes dos Santos. Sesquicentenário da Poesia Paranaense, Antologia. 1985

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