segunda-feira, 11 de abril de 2011

Delasnieve Daspet (Poesias ao Anoitecer)


SUAVE BRISA

Gosto de te ouvir,
Deixa um sussurro no meu travesseiro!

Gosto de te sonhar,
Fecho os olhos e vôo nos meu sonhos!

Gosto do teu silêncio,
Tu transformas o inverno e o silêncio em flor de saudade!

Gosto que me toques,
Teu toque me inebria e excita!

Gosto do teu cheiro,
Trazes ao meu olfato o cheiro da vida!

Gosto de andar contigo,
Peguei a estrada no meio do nada e segui tua estrela!

Gosto da tua partida,
Pois estarei pronta quando minha hora chegar,
Não vou me atrasar para o nosso encontro.

Gosto da tua ausência,
Ela virou uma lágrima quente que banha minhas faces!

Gosto de te seguir,
Vou atras de ti - para onde a água correr e o vento soprar!

Gosto de te sentir,
Roçando em minha face como um terno beijo!

Gosto de ti,
Brisa Suave que me embala os sonhos e o porvir!

ESCREVO PARA NÃO MORRER...

Para não morrer, para não explodir,
Para desabafar meus sentimentos,
Esta força que me avassala e oprime,
É por isso que escrevo!

E por que tenho vida - vou escrevendo;
Meu interior pede a tradução em letras e versos
Do que se agiganta em mim...

Escrevo, enfim, para renascer.
Pois o turbilhão que minh´alma encerra
Me lança a extratosfera...

Escrevendo chego ao infinito,
E como uma onda num oceano de areia,
Densa, vou num crescendo, rolando nas dunas...

Escrevo, pois preciso dizer o que aprendi!
Muitas coisas nos esperam além da estrada,
Da imensidão, indiziveis e invisiveis a olhu nú,
A eternidade!

E escrevo, enfim, para que caibam dentro de mim,
Todas as angústias e dores que carrego,
E antes que eu desabe, como um grão de areia
Que se joga ao vento,
Escrevo para não morrer....

COM CHEIRO DE TERRA MOLHADA ...

Olho a chuva cair na tarde,
Molhando minhas saudades...
Penso em versos...
Vou construir um poema úmido
Com cheiro de terra molhada.

Leve e perfumado
Como o vento que se enrosca
Nas folhas mortas das árvores
E sibilando as carrega,
Mudando tudo de lugar...

Muduram com o vento
Os meu sonhos e as minhas emoções!
Rolaram as ribanceiras
Com tanta velocidade
Que me arranhei toda
Com as idas e vindas da vida!

E nas sombras das nuvens
Meu coração se esconde!
Entre um olhar e outro,
Na esfera da fumaça,
A chuva cai.

E na terra que o asfalto comeu
A água se coagula em lama,
Como lágrimas borradas
Na maquiagem!

Eu preciso
Fazer a água escoar pelos
Canais do tempo
Diluindo minhas verdades e mentiras
Apagando minhas inseguranças,
Limpando minhas impurezas,
Fazendo brotar a vida
Na verde folha da paz!

QUANDO AS ESTRELAS NÃO APARECEM ...

Quando fico no escuro
E as estrelas aparecem,
Não importa a situação,
Os dedos tocam os sonhos,
E te buscam na eternidade
De uma canção.

Cansei de andar só,
Como um pardal na chuva.
E sem usar as máscaras permitidas,
Mal consigo sobreviver...

Para fechar o ciclo,
Não busco piedade
Sigo pela estrada, caminhando...
Quando as trevas se fecham em delírios,
Quando as estrelas não brilham
Lágrimas queimam a minha alma,
E escurecem a minha noite.

Fonte:
Colaboração da Autora

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