NOTA EXPLICATIVA
Em novembro de 1985, por ocasião da festa de encerramento dos JOGOS FLORAIS DE NITERÓI, tive ocasião de conhecer JACY PACHECO.
Realizava, então, o talentoso membro da Academia Niteroiense de Letras, o lançamento do trabalho a que denominou ‘VOCABULÁRIO EM TROVAS” – algo de novo no campo das trovas – composto de mais de 300 trovas e abrangendo mais de 400 vocábulos.
Em sua “nota ao leitor” esclarecia que, compulsando o trabalho, “... o leitor encontrará, em meio ao rigor das rimas e da métrica, ora o significado exato de um termo, ora o disparate, proposital, capaz de provocar o riso e quebrar o tom severo e característico dos dicionários...”
A transcrição acima é necessária para esclarecer que foi sob o contágio da beleza, espirituosidade e precisão da obra de Jacy, e com a preocupação de captar-lhe o espírito e a forma, que elaboramos, como contribuição ao seu trabalho, cerca de 130 trovas, incluindo 222 vocábulos novos, de tal forma que poderiam ser, perfeitamente, inseridos nos espaços permitidos pela ordem alfabética seguida pelo excelente bardo fluminense.
Esta nossa NOTA EXPLICATIVA é importante para que, agora, 25 anos passados da elaboração deste nosso trabalho, que infelizmente não pôde ser adicionado ao Vocabulário de JACY, em face de seu falecimento, possam os leitores compreender alguns pormenores incluídos nos verbetes que criamos e, também, a razão da escassez de palavras que poderiam ampliar o âmbito da nossa PROPOSIÇÃO AO VOCABULÁRIO EM TROVAS.
Em novembro de 1985, por ocasião da festa de encerramento dos JOGOS FLORAIS DE NITERÓI, tive ocasião de conhecer JACY PACHECO.
Realizava, então, o talentoso membro da Academia Niteroiense de Letras, o lançamento do trabalho a que denominou ‘VOCABULÁRIO EM TROVAS” – algo de novo no campo das trovas – composto de mais de 300 trovas e abrangendo mais de 400 vocábulos.
Em sua “nota ao leitor” esclarecia que, compulsando o trabalho, “... o leitor encontrará, em meio ao rigor das rimas e da métrica, ora o significado exato de um termo, ora o disparate, proposital, capaz de provocar o riso e quebrar o tom severo e característico dos dicionários...”
A transcrição acima é necessária para esclarecer que foi sob o contágio da beleza, espirituosidade e precisão da obra de Jacy, e com a preocupação de captar-lhe o espírito e a forma, que elaboramos, como contribuição ao seu trabalho, cerca de 130 trovas, incluindo 222 vocábulos novos, de tal forma que poderiam ser, perfeitamente, inseridos nos espaços permitidos pela ordem alfabética seguida pelo excelente bardo fluminense.
Esta nossa NOTA EXPLICATIVA é importante para que, agora, 25 anos passados da elaboração deste nosso trabalho, que infelizmente não pôde ser adicionado ao Vocabulário de JACY, em face de seu falecimento, possam os leitores compreender alguns pormenores incluídos nos verbetes que criamos e, também, a razão da escassez de palavras que poderiam ampliar o âmbito da nossa PROPOSIÇÃO AO VOCABULÁRIO EM TROVAS.
Hermoclydes S. Franco - Texto de 1986 resumido em 2011
ABRIL: Mês da reverência
A Tancredo e Tiradentes;
Liberdade, Inconfidência
E alegrias pertinentes...
AÇUCAR: É a sacarose;
Doçura, (quase lhaneza).
ACUPUNTURA: É uma dose
De agulhadas, à chinesa.
ADEUS: Triste interjeição,
Diz quem parte, diz quem fica.
Quase sempre é rejeição.
Quase sempre não se explica.
AGÔSTO: Mês singular,
Que marca bem nosso inverno.
Traz as ressacas ao mar
E ao céu um luar eterno...
ALABASTRO: É uma gipsita
Que tem alvura translúcida.
ÁLACRE: Alegria (aflita)
De gente nem sempre lúcida.
ALAMBIQUE: Que destila.
ALAMEDA: Arborizada,
Qual “Boulevard” lá da Vila,
Por Noel eternizada.
ÁLBUM: Família vistosa.
ALBUMINA: A proteína
Que dizem ser perigosa
Quando encontrada na urina.
ALCATRA: Carne de boi;
Boa de panela ou tacho.
ALCATRÃO: Se não é, foi
O conhaque do borracho.
ÁLCOOL: Um líquido forte,
Derruba qualquer valente.
ALCÓOLATRA: Ser, ser sorte,
Que esbarra, sempre, na gente.
ALMAÇO: Papel de prova
Que nos relembra o passado.
ALMEJAR: Vencer com trova
Que não tenha “pé-quebrado”.
ALMIRANTE: É oficial
Mesmo depois do “pijama”.
ALMOÇAR: No “natural”
Sem engordar um só grama.
ALMOFADINHA: Rapaz
Que se traja com apura.
ALMOTOLIA: É o que faz
O óleo entrar, mesmo no escuro.
AMÉRICA: O Novo Mundo
Descoberto por Colombo.
AMESTRAR: Treinar, a fundo,
Sem dar lambadas no lombo.
ARQUITETO: É o engenheiro
Que dizem que até deu certo.
ARQUIVO: Só de dinheiro;
E há tanto ladrão por perto.
A Tancredo e Tiradentes;
Liberdade, Inconfidência
E alegrias pertinentes...
AÇUCAR: É a sacarose;
Doçura, (quase lhaneza).
ACUPUNTURA: É uma dose
De agulhadas, à chinesa.
ADEUS: Triste interjeição,
Diz quem parte, diz quem fica.
Quase sempre é rejeição.
Quase sempre não se explica.
AGÔSTO: Mês singular,
Que marca bem nosso inverno.
Traz as ressacas ao mar
E ao céu um luar eterno...
ALABASTRO: É uma gipsita
Que tem alvura translúcida.
ÁLACRE: Alegria (aflita)
De gente nem sempre lúcida.
ALAMBIQUE: Que destila.
ALAMEDA: Arborizada,
Qual “Boulevard” lá da Vila,
Por Noel eternizada.
ÁLBUM: Família vistosa.
ALBUMINA: A proteína
Que dizem ser perigosa
Quando encontrada na urina.
ALCATRA: Carne de boi;
Boa de panela ou tacho.
ALCATRÃO: Se não é, foi
O conhaque do borracho.
ÁLCOOL: Um líquido forte,
Derruba qualquer valente.
ALCÓOLATRA: Ser, ser sorte,
Que esbarra, sempre, na gente.
ALMAÇO: Papel de prova
Que nos relembra o passado.
ALMEJAR: Vencer com trova
Que não tenha “pé-quebrado”.
ALMIRANTE: É oficial
Mesmo depois do “pijama”.
ALMOÇAR: No “natural”
Sem engordar um só grama.
ALMOFADINHA: Rapaz
Que se traja com apura.
ALMOTOLIA: É o que faz
O óleo entrar, mesmo no escuro.
AMÉRICA: O Novo Mundo
Descoberto por Colombo.
AMESTRAR: Treinar, a fundo,
Sem dar lambadas no lombo.
ARQUITETO: É o engenheiro
Que dizem que até deu certo.
ARQUIVO: Só de dinheiro;
E há tanto ladrão por perto.
Fontes:
Trovas enviadas pelo autor
Imagem - O Trovadorismo
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