aquarela de Angela Ponsi
Vivemos numa época conturbada, mas nem por isto é necessário mergulharmos na solidão e ignorar o que existe ao nosso redor. Sempre encontraremos alguém que possa nos compreender, com nossos defeitos e virtudes e nos aceitar. Segundo meu entender, não fomos criados para o ostracismo, nem jamais seremos auto-suficientes, pois “uma mão lava a outra, e as duas lavam o rosto”. Assim aprendi desde cedo.
Em certa fase da vida, quem sabe atravessando momentos existenciais difíceis, compus o seguinte soneto, que consta na pág. 133 do meu livro Poesias Esparsas Reunidas, abaixo referido, como segue:
Em certa fase da vida, quem sabe atravessando momentos existenciais difíceis, compus o seguinte soneto, que consta na pág. 133 do meu livro Poesias Esparsas Reunidas, abaixo referido, como segue:
SONETO DA LIBERTAÇÃO –
Quero o caminho da libertação
para seguir na vida mais confiante,
se alimentava mórbida ilusão
procurarei bani-la, doravante.
Preciso estar alerta a todo instante
e suportar a humana condição,
minha vigília deve ser constante
neste universo envolto em turbilhão…
Levo comigo a chama da esperança
e apesar dos percalços da existência
tenho fé, tenho amor, tenho confiança…
Não mais serei o náufrago perdido
pelos mares da angústia e da impaciência,
porque vencendo-me, terei vencido !
- Canoas - 29.01.85.
Quero o caminho da libertação
para seguir na vida mais confiante,
se alimentava mórbida ilusão
procurarei bani-la, doravante.
Preciso estar alerta a todo instante
e suportar a humana condição,
minha vigília deve ser constante
neste universo envolto em turbilhão…
Levo comigo a chama da esperança
e apesar dos percalços da existência
tenho fé, tenho amor, tenho confiança…
Não mais serei o náufrago perdido
pelos mares da angústia e da impaciência,
porque vencendo-me, terei vencido !
- Canoas - 29.01.85.
Lá se vão mais de quinze anos e quando o leio, ainda me parece tão atual, pois muito me ajudou a transpor certa fase que me deprimia, sensivelmente. Não posso ignorar que todos tenhamos a cruz para carregar e o calvário de cada um é a passagem terrena. Por isso que procuro dentro da filosofia, motivos que me levem à participação por intermédio da própria poesia, utilizando meu gênero preferido que é o soneto. Muitos deles (foram tantos), estão impregnados até de pessimismo, mas a mensagem que pretendi imprimir-lhes é de aceitação, sem o que não vejo paz de espírito. Também é certo que existam para todos nós, bons e maus momentos. A vida não passa de uma tragicomédia, plena de altos e baixos, que nos fazem rir e chorar, às vezes até conjuntamente.
Ao finalizar estas poucas e singelas linhas, quero agradecer do fundo do coração aos amigos e colegas que compareceram em minhas sessões de autógrafos na banca da Fundação Cultural de Canoas, na 16ª Feira do Livro de Canoas, nos dias 29 de junho (apesar da chuva ininterrupta) e 7 de julho, quando lancei meu livro de poemas Poesias Esparsas Reunidas, que abrange minha produção poética publicada na imprensa, bem como aos que adquiriram a obra ou me honrem com a leitura dos meus versos. Sem medo de cair em lugar-comum, não tenho palavras que demonstrem cabalmente minha gratidão. Devo dizer simplesmente: Muito obrigado, amigos ! Sejam todos felizes... É o desejo ardente do poeta que existe dentro de mim desde sempre.
Fonte:
http://ialmarpioschneider.blogspot.com/2009_12_01_archive.html
Um comentário:
SONETO ENEASSÍLABO - em 12.9.2011 - Porto Alegre - RS - . -
Ao longo desta vida pacata,
estudei, trabalhei, fiz poesias,
como quem faz uma serenata
para a mulher que alegra seus dias...
E se não tive noites sombrias,
quando um sonho de amor me arrebata,
eu cultuei loucas fantasias
e aquela que amei não foi ingrata.
Por que devo dizer isto agora,
quando meu coração nem deplora
este bom sentimento de amor?!
É apenas simples recordação
do cumprimento de uma missão,
porque fui só... um trabalhador...
IALMAR PIO SCHNEIDER
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