sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Silvia Araújo Motta (Envelhecer sem Notar)


Poema Nº 1582

Vejo nas folhas que caem
que o inverno vai chegar,
Nas estrelas que se apagam,
meu tempo de descansar.
Relógio? Desnecessário.
Valorizo minha hora,
no segundo extraordinário,
vivo pensando no "agora".
Meio século de vida
e os sete cumpro a somar...
na música, amor, poesia,
Trago a missão bem cumprida
com metas, planos de um dia...
Nos sonhos e fantasias,
um trabalho útil, honroso
de incontáveis alegrias,
fez-me o mundo prazeroso.
Valores transcendentais
aos minutos cultivados
a buscar cada vez mais
espíritos elevados...
Ficarei "sex"? Pois sim!
Com perfeita lucidez?
SEXagenária? Ah! Sim...
Daqui a pouco é minha vez!
SEXOxigenada nos cabelos...
Mais adolescente, talvez...
A história de cada saudade
dos momentos e pessoas...
Olhos miúdos!!!!!Verdade!
Muito para recordar!
Tantos fatos! Coisas boas!
Na infância e maturidade!
Meus quinze ou vinte anos!
Milagres! Maturidade!
Recebi e dei nos carinhos,
amor, atenção, compreensão!
Trabalhei com inteligência,
pra gostar do que fazia!
Filhos amados!...Meus amores!
Até netos... quem diria!
Lutei pra ter paciência!
Enfrentei tantos problemas!
Alguns consegui vencer
pela Fé que me carrega.
Meu espelho interior
Diz-me até...que já cresci!
Da gravidez... na balança,
faço o parto da alegria...
Agradeço todo dia
a Deus, pelo meu talento,
pelo amor, pela alegria
e pelo conhecimento.
O sol nasce acima das nuvens
e a lua inteira brilha no lago
porque alta vive, a cada dia!
Envelheci e não vi...por isso,
começaria tudo outra vez.

Fonte:
Poesia enviada pela autora

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