É Primavera...
E o verde se refaz ao findar de mais um ano
Chega-se à estação que finaliza um ciclo
Transformando e renovando a biosfera
Brindando a terra no precipitar das chuvas
Deslumbrando a natureza em sons e aquarela
É Primavera...
E brilha o sol reluzindo e aquecendo os dias
Chegam flores num desabrochar em cores
Em novos frutos gerando alimento
Dilatando sentimentos e o amor a nutrir
Produzindo alegria, esperanças e novas vidas
Impregnando almas, exalando fragrâncias
Incendiando corações a afagar o co-existir
É Primavera...
E vem o beija-flor a sugar o néctar
Nas multicores em que os olhos se extasiam
De frutos mil que alimenta a humanidade
Refaz-se a vida, o homem e seus demais seres
Os rios antes agonizantes, agora se agitam
É estação de se degustar novos sabores
É Primavera...
É então, quando as noites parecem ter mais estrelas
Os dias se mostram com especial brilho
Aves e animais ressurgem em seus ninhais
Os mormaços prenunciam o germinar
E as torrentes no telhado a trepidar
Torna-se canção noturna de acalanto
Ou terapia para o corre-corre do dia-a-dia
É Primavera...
Tornam-se mais belos, nossos jardins e quintais
A primavera engorda a inspiração do poeta
Que traduz em versos sentimentos e emoções
E todas as ações e reações tornam-se mais efusivas
As faces se iluminam em largos sorrisos
Que mesmo em dias nublados
se mostram no romantismo
(Este poema é parte do meu livro: Galácticus: A Sinfonia das Quatro Estações - Pajo)
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