Hoje, rebuscando papéis, jornais e afins, um pouco da minha história e de meus lixos, encontrei lembranças que nada me diziam e outras que até muito.
Remexendo nos meus emails e apagando algumas atenções revi amigos de hoje e de ontem, mas nada traduz sentidos como meus papéis.
Interessante essa teoria da memória tátil. Como podem ficar sabores de há tantos anos, odores de “não me engano”, cores que não desbotam?
Neste meu mundinho que afago, com a ponta de meus dedos, vejo as fotografias e as lembranças de dias que não têm fim.
Reflito: independente da razão comprometida, no que será das gentes que veem o mundo sem sabores, nem as cores, nem odores, nem os papéis que tanto pesam.
Acho que alguns que têm substituído as páginas por imagens plasmadas em telas e eletrônica, por completo, sem chance para certas sensibilidades, podem sofrer e fazer sofrer em seus mundos, tanto interno quanto externo, de um tipo de resfriamento estranho e esquizofrênico.
Tenho, com atenção, analisado o mundo que me circunda. Meu estranhamento se dá não com o que vejo e sim de certas ausências. Nós humanos (ou quase), não nos espantamos mais, isto é, fomos convencidos a esterilizar os sentimentos superiores.
Verdadeiras obras de arte no mundo, em desvão, amontoadas em um canto, fechado, úmido e sombrio. Onde estão os nossos vinis (lps), os nossos Bergman’s, em preto-e-branco, e lindas outras coisas que se desusa… uma a uma. Saudosismo? Não, mas a busca de um lugar no lugar comum.
Volto aos meus papéis que teimam em não desvanecer.
Fecho minha gaveta.
Até breve.
Remexendo nos meus emails e apagando algumas atenções revi amigos de hoje e de ontem, mas nada traduz sentidos como meus papéis.
Interessante essa teoria da memória tátil. Como podem ficar sabores de há tantos anos, odores de “não me engano”, cores que não desbotam?
Neste meu mundinho que afago, com a ponta de meus dedos, vejo as fotografias e as lembranças de dias que não têm fim.
Reflito: independente da razão comprometida, no que será das gentes que veem o mundo sem sabores, nem as cores, nem odores, nem os papéis que tanto pesam.
Acho que alguns que têm substituído as páginas por imagens plasmadas em telas e eletrônica, por completo, sem chance para certas sensibilidades, podem sofrer e fazer sofrer em seus mundos, tanto interno quanto externo, de um tipo de resfriamento estranho e esquizofrênico.
Tenho, com atenção, analisado o mundo que me circunda. Meu estranhamento se dá não com o que vejo e sim de certas ausências. Nós humanos (ou quase), não nos espantamos mais, isto é, fomos convencidos a esterilizar os sentimentos superiores.
Verdadeiras obras de arte no mundo, em desvão, amontoadas em um canto, fechado, úmido e sombrio. Onde estão os nossos vinis (lps), os nossos Bergman’s, em preto-e-branco, e lindas outras coisas que se desusa… uma a uma. Saudosismo? Não, mas a busca de um lugar no lugar comum.
Volto aos meus papéis que teimam em não desvanecer.
Fecho minha gaveta.
Até breve.
Fonte:
Colaboração do autor. Disponível em http://paulovinheiro.blogspot.com
Colaboração do autor. Disponível em http://paulovinheiro.blogspot.com
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