sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Silviah Carvalho (O Vulto)


Eu, que fui à vida uma sonhadora,
Desfiz meus Sonhos ao ver seus,
Olhos pairados em outro Mundo.

Eu que sufoquei minha solidão,
Sonhando preencher meus dias ao seu lado,
Vi seus pés galgando outra estrada,
Passo a passo até afastar-se completamente de mim,

Eu que tantas vezes tentei cruzar seu caminho,
Mas você sempre encontrou um atalho,
Para não encontrar-se comigo,
Para não sentir pesados os meus olhos em seus olhos,
Ou minhas mãos em suas mãos.

Eu que tentei ser alguém em sua vida,
Fui apenas uma sombra, um vulto na solidão,
Tu foste tudo para mim, e me fizeste nada para você.

Algum dia quando o sol brilhar mais forte em seu caminho,
O meu vulto se tornará real em sua frente,
E não haverá atalho para você.

Porque o meu caminho começará,
Aonde o seu terminar,
E então o vulto será você.

Fontes:
http://umcoracaoqueama.blogspot.com/

2 comentários:

Arnoldo Pimentel disse...

Muito lindo esse poema, bastante inspirado. Você Silviah sabe como descrever sua inspiração, passar os sentimentos que se escondem em cada verso.Lembrei um verso de um companheiro nosso de grupo de poesia, meu e seu companheiro."O poeta escreve enquanto se descreve, quer perder, quer encontrar"(Rodrigo Souza)Parabéns, beijos.

Felipe Bento disse...

Depois de "As mãos e o fruto" esse (acredito) deve ser o que restou do fruto, apenas vulto.
Coitado!rsrs, lindo.