sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n.26)


Trova do Dia

Quando a tristeza me invade
o passado abre a janela,
solta as peias da saudade
e me faz entrar por ela!
DÁGUIMA VERÔNICA DE OLIVEIRA/MG

Trova Potiguar

Larga a tristeza e acalanta
teus sonhos, por onde fores.
Nada no mundo suplanta
teus lindos sonhos de amores!
PROF. GARCIA/RN

Uma Trova Premiada

2007 > Ribeirão Preto/SP
Tema > ÁRVORE > Menção Honrosa

Árvore... da terra abrigo,
que insensato o homem destrói,
pondo a vida ao desabrigo...
desatino, que corrói!
MARIA DA CONCEIÇÃO FAGUNDES/PR

Uma Poesia livre

Vicente Alencar/CE
QUE MUNDO.

Entro na Medina
vejo homens,
mulheres,
crianças,
trapos humanos,
miséria,
absurdos,
operários,
animais,
gritaria,
sujeira,
fim do mundo.
Saio da Medina
sem ver esperanças.

Uma Trova de Ademar

Eu me perdi num caminho
de tortuosos lamentos.
Depois me encontrei sozinho,
perdido em meus pensamentos...
ADEMAR MACEDO/RN

...E Suas Trovas Ficaram

Não desdenhes, orgulhoso,
do pobre que te rodeia;
vê que o mar, tão poderoso,
beija, humilde, o grão de areia.
VASQUES FILHO/PI

Estrofe do Dia

Pra não morrer de saudade,
Vou voltar pra minha gente.
Tomar banho na nascente,
Desnudo da vaidade.
Já me cansei da cidade,
Com fuligem de motor.
Quero ser o condutor,
Da vida que eu almejo.
Regressar é o meu desejo,
Cansei de ser sofredor.
DAMIÃO METAMORFOSE/RN

Um Soneto

Emílio de Menezes/PR
NOITE DE INSÔNIA

Este leito que é o meu, que é o teu, que é o nosso leito,
Onde este grande amor floriu, sincero e justo,
E unimos, ambos nós, o peito contra o peito,
Ambos cheios de anelo e ambos cheios de susto;

Este leito que aí está revolto assim, desfeito,
Onde humilde beijei teus pés, as mãos, o busto,
Na ausência do teu corpo a que ele estava afeito,
Mudou-se, para mim, num leito de Procusto!…

Louco e só! Desvairado! — A noite vai sem termo
E estendendo, lá fora, as sombras augurais,
Envolve a Natureza e penetra o meu ermo.

E mal julgas, talvez, quando, acaso, te vais,
Quanto me punge e corta o coração enfermo
Este horrível temor de que não voltes mais!…

Fontes:
Ademar Macedo
Banco da Poesia (Soneto de Emílio de Menezes)

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