segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n.29)


Trova do Dia

Melhor ser mais ponderado,
que ser altivo demais;
o barco mais equipado,
nem sempre retorna ao cais.
NEIDE ROCHA PORTUGAL/PR

Trova Potiguar

Eu creio que o cientista
que tenta o homem clonar,
vai ser mais um derrotista
tentando a Deus se igualar.
IVANISO GALHARDO/RN

Uma Trova Premiada

2002 > Amparo/SP
Tema > FOME > Menção Especial

Na rua, a infeliz criança
vagando, entre outras sem nome,
jamais provou a esperança,
mas sabe o sabor da fome.
THEREZA COSTA VAL/MG

Uma Poesia livre

Edla Feitosa Costa/PE
AMBIÇÃO

Da vida quero o hoje, o agora.
Do mundo, apenas amor.
Das flores, perfume e cor.
Da mata, seu verde e seu frescor.
Do céu estrelado quero apenas uma estrela.
Uma única estrela. A mais distante,
A mais sozinha, a mais quieta.
Com ela quero sonhar, quero voar,
Quero escapar, quero esquecer.
Do meu imaginário quero viver
E do meu futuro, nada prever...

Uma Trova de Ademar

Num cenário de beleza,
nas peripécias do Outono,
me apossei da natureza
como se eu fosse seu dono.
ADEMAR MACEDO/RN

...E Suas Trovas Ficaram

O tempo, com seu poder,
tudo altera sem clemência,
mas não me faz esquecer
os sonhos da adolescência.
REINALDO AGUIAR/RN

Estrofe do Dia

Um sutil vaga-lume reluzente
Ofertava os fulgores à criança;
O meu peito brotava a esperança
Me deixando feliz e mais contente.
Compreendi a grandeza da semente
Quando brota e depois revela a flor.
Vi que a vida se mostra com amor
Entre os ramos floridos do carinho,
Onde o afeto constrói plácido ninho
E recebe da aurora o seu fulgor.
GILMAR LEITE/PE

Soneto do Dia

Gilson Faustino Maia/RJ
CONFISSÃO

Eu já não minto, amor, eu me condeno.
Eu revelo o que sinto no meu peito,
que não sabe o que é certo e o que é direito
e não teve da sorte o nobre aceno.

Os mistérios do amor eu, tão pequeno,
envolvido por tantos preconceitos,
registrei no meu ser, quase desfeito,
Nas noites de luar tão puro e ameno.

És meu raio de luz na escuridão.
És um fato gravado, eu não te esqueço.
A pedra preciosa do meu chão.

E, nos braços da noite, eu, que enlouqueço,
confesso com meu grito à imensidão:
-Tu és, do amor, a essência que padeço!

Fonte:
Ademar Macedo

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