terça-feira, 24 de maio de 2011

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas no. 219)

Teatro Santa Rosa em João Pessoa/PB
Uma Trova Nacional

Sem você, sigo calado,
e o meu viver é sombrio,
qual velho ator fracassado
vendo o teatro vazio!...
RODOLPHO ABUDD/RJ–

Uma Trova Potiguar

Sofrendo e sentindo as dores
de um mundo que nos liquida,
todos nos somos atores
no teatro desta vida!
–ZÉ DE SOUSA/RN–

Uma Trova Premiada

2004 - ATRN - Natal/RN
Tema: TEATRO - 6º Lugar

O teatro imita a vida,
mas também corrige o mundo.
Em cada cena exibida,
passa um recado fecundo!
–A. A. DE ASSIS/PR–

Uma Trova de Ademar

Construí dentro de mim,
com minh’alma enternecida,
um teatro onde, por fim,
pude encenar minha vida!...
ADEMAR MACEDO/RN–

...E Suas Trovas Ficaram

Nos palcos, comédias quantas
nestes teatros da vida...
Fracassos e glórias tantas
e no fim a despedida!
ANITA ALVES DE OLIVEIRA/RJ–

Simplesmente Poesia

A favela prepara os arsenais
num rancor e num ódio tão profundo,
uma arma acionada assusta o mundo
um conflito infernal destrói a paz,
num prostíbulo de cenas imorais
a valente mulher prostituída
se abastece de droga e de bebida,
vende amor ao amante, mas não ama,
o mistério noturno enfeita o drama
no teatro da noite mal dormida.
CHICO SOBRINHO/PB–

Estrofe do Dia

Lampião no passado foi sofrido,
bem pequeno junto ao pai já trabalhava
e quando era garoto não pensava
de um dia também virar bandido;
mas depois que perdeu seu pai querido
sentiu raiva cortando o coração,
comprou armas e chamou o seu irmão
e montou logo o teatro da matança
lampião fez em letras de vingança
uma história de sangue no sertão.
ZÉ CARDOSO/RN–

Soneto do Dia

–JOÃO JUSTINIANO/BA–
O Soneto Moderno.

O soneto renasce, e a todo pano,
transita pelos mares da poesia.
É clássico ou moderno, em confraria,
navega ao vento norte ou ao minuano.

É discriminação e puro engano
dizer que a rima é velha e sem valia.
O belo é sempre belo, na poesia,
na pintura, na música... E que dano

causa o teatro antigo, o enceno, a mímica,
que afaga o espírito e ilumina a química,
do riso alegre, da tranqüilidade?

Renascendo o acadêmico soneto,
traz um sentido novo, e, em branco e preto,
tem gosto e aroma de modernidade!

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