Corredeira. Pintura de R. O. Peixoto
TODO DIA
TODO O DIA,
no mesmo compasso,
toco minha vida.
Curo as feridas
e busco um espaço.
Não guardo rancor,
nem mágoa de amor,
tristeza ou cansaço.
Tenho na algibeira
pedrinhas preciosas,
nas mãos, um rosa,
colhida no jardim.
Sou peça importante
neste mundo inconstante
que escolheram pra mim.
SE VOCÊ CHEGAR DE REPENTE
e não me encontrar,
é porque Eu me encontrei
e, finalmente, soltei minhas asas.
Voei.
ONDE MORO
a beleza tem muitas formas,
o som faz muitas melodias,
o vento passsa faceiro,
o gavião voa ligeiro,
tem festa todos os dias.
A água canta lá embaixo,
o galho dança brejeiro,
e do alto do pinheiro,
salta a pinha com alegria.
Cá onde eu moro,
tristeza não faz parada
e tem tudo o que eu preciso,
dispensando o dinheiro.
Não é o céu por inteiro,
mas é um pedaço do paraiso.
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TODO O DIA,
no mesmo compasso,
toco minha vida.
Curo as feridas
e busco um espaço.
Não guardo rancor,
nem mágoa de amor,
tristeza ou cansaço.
Tenho na algibeira
pedrinhas preciosas,
nas mãos, um rosa,
colhida no jardim.
Sou peça importante
neste mundo inconstante
que escolheram pra mim.
SE VOCÊ CHEGAR DE REPENTE
e não me encontrar,
é porque Eu me encontrei
e, finalmente, soltei minhas asas.
Voei.
ONDE MORO
a beleza tem muitas formas,
o som faz muitas melodias,
o vento passsa faceiro,
o gavião voa ligeiro,
tem festa todos os dias.
A água canta lá embaixo,
o galho dança brejeiro,
e do alto do pinheiro,
salta a pinha com alegria.
Cá onde eu moro,
tristeza não faz parada
e tem tudo o que eu preciso,
dispensando o dinheiro.
Não é o céu por inteiro,
mas é um pedaço do paraiso.
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