domingo, 4 de setembro de 2011

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 324)


Uma Trova Nacional

Quando as voltas do caminho
nos deixam sem chão e abrigo,
sem amor e sem carinho,
como faz falta um amigo!...
–RENATO ALVES/RJ–

Uma Trova Potiguar

Sempre tristonho...No entanto,
se a alegria é um grande bem,
eu tento esconder meu pranto
por trás do riso de alguém!
–PROF. GARCIA/RN–

Uma Trova Premiada

2010 - ATRN-Natal/RN
Tema: INSPIRAÇÃO - 5º Lugar

Quando rezas em surdina
mãe, vejo nos olhos teus,
a inspiração que ilumina
tua conversa com Deus!
–ELEN DE NOVAIS FÉLIX/RJ–

Uma Trova de Ademar

Na construção do desgosto
de um casamento desfeito,
criei rugas no meu rosto
e pus mágoas no teu peito...
ADEMAR MACEDO/RN–

...E Suas Trovas Ficaram

Nessas angústias que oprimem,
que trazem o medo e o pranto,
há gritos que nada exprimem,
silêncios que dizem tanto !..
–LUIZ OTÁVIO/RJ–

Simplesmente Poesia

Voo Noturno
–JURACI SIQUEIRA/PA–

Na fogueira da aurora eu me consumo
e ressuscito entre os lençóis da noite
para tecer meu ninho de discórdias
do teu coração.

A minha pena – faca de dois gumes –
ao mesmo tempo fere e acaricia;
as minhas asas - guarda-sóis se abertas,
quando fechadas, grades de prisão.

Trago nas veias sangue canibal:
bebo esperanças, mastigo ilusões
e, às vezes, sorvo sonhos matinais.

Portanto não se engane: sou poeta
em cujo peito dorme um troglodita
que traz no coração pluma e punhal.

Estrofe do Dia

Acho tarde demais para voltar
estou cansado demais para seguir,
os meus lábios se ocultam de sorrir,
sinto lágrimas, não posso mais chorar;
eu não posso partir e nem ficar
e assim nem pra frente nem pra trás,
pra ficar sacrifico a própria paz,
pra seguir a viagem é perigosa,
a vereda da vida é tão penosa
que me assombro com as curvas que ela faz!
–CANHOTINHO/PB–

Soneto do Dia

Naturalidade
–A. DE CARVALHO MELO/BA–

Trago comigo a singular ventura
de ter nascido para ser poeta,
de andar a braços com a literatura
e ser, no verso, um requintado esteta.

Sem preocupar-me em revelar cultura,
essa doença que o saber afeta,
gosto dos versos de linguagem pura
e sou amante da expressão correta.

O metro, a rima, a correção, a graça,
em poesia, tudo o quanto eu faça,
há de espontâneo e natural fluir.

Porque eu escrevo no meu próprio estilo,
e não costumo procurar asilo
em prédios velhos que já vão cair.

Fonte:
Textos e imagem enviados pelo autor

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