"A Trova, Acima de Tudo, faz Amigos".
Desprendido ao ponto de ser um judeu que possui uma das maiores coleções de imagens de São Francisco de Assis; um gaúcho cosmopolita que conheceu a Trova em Niterói, mas a desenvolveu em São Paulo, onde na década de 70, colocou de pé a combalida Seção da UBT local. E fê-lo dando um passo atrás, retrocedendo a Seção a Delegacia, porque sabia que este passo de retrocesso resultaria na maior seção da UBT do Brasil. Um homem que possui quase 900 trovas premiadas, incontáveis troféus, dois títulos de Magnífico Trovador e dois Lilinha Fernandes; que foi o criador deste Informativo, há 33 anos; que compôs o Jogral em Trovas, peça que inclusive já foi aula inaugural no Curso Superior de Literatura de Bragança Paulista. E a lista iria longe se dispuséssemos de espaço para descrever todas as suas realizações e conquistas no universo Trovadoresco.
Portanto, homenagear Izo Goldman é uma tarefa ao mesmo tempo hercúlea e delicada, prazerosa e árdua, realizadora e desafiante, particular e monumental. Isto porque, para descrever a noite, temos o ocaso que a precede; para descrever o dia, temos a aurora que no-lo antecipa, para descrever o vendaval, temos a calmaria que lhe serve de parâmetro; para descrever o sol temos a lua como referência de seu oposto; para descrever o calor, temos o morno que lhe serve de transição. Mas, para descrever Izo Goldman, não temos transição! Izo não nos concede o beneplácito da análise fácil, da conclusão óbvia, ou da previsibilidade. Não! Nele tudo é intenso! Nele vibram os opostos, em luta visceral, um tentando se sobrepor ao outro, numa tessitura finíssima, sutil, mas inexorável, só perceptível aos que se mantém atentos, e ainda assim, vibrando no mesmo diapasão que move o substrato do seu ser.
“Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca".
( Apocalipse 3:16).
Esta passagem bíblica ilustra bem a índole de Izo Goldman. Como nas cidades de Colossos e Hierápolis, com suas águas frias e quentes, pessoas mornas não lhe caem bem, tal como a água tépida de Laodicéia enjoava a quem a bebia.
Izo Goldman é ao mesmo tempo o verso e o inverso, o preto e o branco girando num vórtice sobre si mesmos numa luta infindável onde seu vulcão interior só pode ser medido - mas poucas vezes compreendido - pelas atitudes fortes, mas raramente injustas, em defesa de suas causas.
Izo Goldman não serve para colega, porque colega, por definição, é o amigo com o qual não se pode contar. Com Izo se pode contar. Sempre! Em qualquer circunstância, se estivermos advogando uma causa na qual acreditamos. Portanto Izo Goldman é para se ter como amigo. Ou inimigo!
Com Izo não há espaço para sub-repções, disfarces, máscaras, teatralidade, banalidade ou quaisquer outros modos de proceder que não sejam autênticos. Também não há espaço para o idolátrico, porque seu pragmatismo está sempre atento. Portanto, pouquíssimas coisas o impressionam. São inumeráveis os trovadores de sucesso que, ou foram por ele iniciados na Trova, ou recorrem a ele em busca de esclarecimentos quanto a conteúdo e forma desse gênero.
Como bom pragmatista, Izo divide os trovadores em duas grandes categorias: Os que trabalham pela Trova, e os que fazem trova, e luta para que esses dois tipos coexistam numa só pessoa, que eu, ousadamente, chamaria de Trovador Pleno. O melhor exemplo é o próprio Izo, cujas realizações em prol da Trova e composições no gênero são memoráveis.
Sobre Izo Goldman disse Sérgio Ferreira da Silva, outro Magnífico Trovador:
“Suas trovas fogem aos lugares-comuns e convidam o leitor a refletir com profundidade sobre os temas que propõem. O Título de seu livro ‘Trova de Quem Ama a Trova’ é o resumo perfeito para uma vida dedicada à trova e à União Brasileira de Trovadores”.
Creio que a frase que melhor define Izo Goldman foi dita por Voltaire:
“Posso não concordar com o que você diz, mas defendo até a morte o seu direito de dizê-lo”.
A palavra que melhor define Izo Goldman é “diferente”. E sobre os “diferentes” escreveu um dia Artur da Távola, o magnífico cronista brasileiro:
“A alma dos diferentes é feita de uma luz além. Sua estrela tem moradas deslumbrantes que eles guardam para os pouco capazes de os sentir e entender. Nessas moradas estão tesouros da ternura humana. De que só os diferentes são capazes. Não mexa com um diferente. A menos que você seja suficientemente forte para suportá-lo depois.”
Fonte:
http://www.recantodasletras.com.br/homenagens/3208778
Desprendido ao ponto de ser um judeu que possui uma das maiores coleções de imagens de São Francisco de Assis; um gaúcho cosmopolita que conheceu a Trova em Niterói, mas a desenvolveu em São Paulo, onde na década de 70, colocou de pé a combalida Seção da UBT local. E fê-lo dando um passo atrás, retrocedendo a Seção a Delegacia, porque sabia que este passo de retrocesso resultaria na maior seção da UBT do Brasil. Um homem que possui quase 900 trovas premiadas, incontáveis troféus, dois títulos de Magnífico Trovador e dois Lilinha Fernandes; que foi o criador deste Informativo, há 33 anos; que compôs o Jogral em Trovas, peça que inclusive já foi aula inaugural no Curso Superior de Literatura de Bragança Paulista. E a lista iria longe se dispuséssemos de espaço para descrever todas as suas realizações e conquistas no universo Trovadoresco.
Portanto, homenagear Izo Goldman é uma tarefa ao mesmo tempo hercúlea e delicada, prazerosa e árdua, realizadora e desafiante, particular e monumental. Isto porque, para descrever a noite, temos o ocaso que a precede; para descrever o dia, temos a aurora que no-lo antecipa, para descrever o vendaval, temos a calmaria que lhe serve de parâmetro; para descrever o sol temos a lua como referência de seu oposto; para descrever o calor, temos o morno que lhe serve de transição. Mas, para descrever Izo Goldman, não temos transição! Izo não nos concede o beneplácito da análise fácil, da conclusão óbvia, ou da previsibilidade. Não! Nele tudo é intenso! Nele vibram os opostos, em luta visceral, um tentando se sobrepor ao outro, numa tessitura finíssima, sutil, mas inexorável, só perceptível aos que se mantém atentos, e ainda assim, vibrando no mesmo diapasão que move o substrato do seu ser.
“Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca".
( Apocalipse 3:16).
Esta passagem bíblica ilustra bem a índole de Izo Goldman. Como nas cidades de Colossos e Hierápolis, com suas águas frias e quentes, pessoas mornas não lhe caem bem, tal como a água tépida de Laodicéia enjoava a quem a bebia.
Izo Goldman é ao mesmo tempo o verso e o inverso, o preto e o branco girando num vórtice sobre si mesmos numa luta infindável onde seu vulcão interior só pode ser medido - mas poucas vezes compreendido - pelas atitudes fortes, mas raramente injustas, em defesa de suas causas.
Izo Goldman não serve para colega, porque colega, por definição, é o amigo com o qual não se pode contar. Com Izo se pode contar. Sempre! Em qualquer circunstância, se estivermos advogando uma causa na qual acreditamos. Portanto Izo Goldman é para se ter como amigo. Ou inimigo!
Com Izo não há espaço para sub-repções, disfarces, máscaras, teatralidade, banalidade ou quaisquer outros modos de proceder que não sejam autênticos. Também não há espaço para o idolátrico, porque seu pragmatismo está sempre atento. Portanto, pouquíssimas coisas o impressionam. São inumeráveis os trovadores de sucesso que, ou foram por ele iniciados na Trova, ou recorrem a ele em busca de esclarecimentos quanto a conteúdo e forma desse gênero.
Como bom pragmatista, Izo divide os trovadores em duas grandes categorias: Os que trabalham pela Trova, e os que fazem trova, e luta para que esses dois tipos coexistam numa só pessoa, que eu, ousadamente, chamaria de Trovador Pleno. O melhor exemplo é o próprio Izo, cujas realizações em prol da Trova e composições no gênero são memoráveis.
Sobre Izo Goldman disse Sérgio Ferreira da Silva, outro Magnífico Trovador:
“Suas trovas fogem aos lugares-comuns e convidam o leitor a refletir com profundidade sobre os temas que propõem. O Título de seu livro ‘Trova de Quem Ama a Trova’ é o resumo perfeito para uma vida dedicada à trova e à União Brasileira de Trovadores”.
Creio que a frase que melhor define Izo Goldman foi dita por Voltaire:
“Posso não concordar com o que você diz, mas defendo até a morte o seu direito de dizê-lo”.
A palavra que melhor define Izo Goldman é “diferente”. E sobre os “diferentes” escreveu um dia Artur da Távola, o magnífico cronista brasileiro:
“A alma dos diferentes é feita de uma luz além. Sua estrela tem moradas deslumbrantes que eles guardam para os pouco capazes de os sentir e entender. Nessas moradas estão tesouros da ternura humana. De que só os diferentes são capazes. Não mexa com um diferente. A menos que você seja suficientemente forte para suportá-lo depois.”
Fonte:
http://www.recantodasletras.com.br/homenagens/3208778
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