Fonte: Libreria Fogola Pisa |
CARLOS EDUARDO POMPEU
O Tapete da Vida
Que a morte venha ternamente
e a vida se esvaia lentamente,
para que eu possa, em placidez,
assistir aos meus últimos momentos.
Que sejam como os das flores
e das folhas do outono,
que ao soçobrarem,
quando dos galhos se desgarrem,
flutuem bailando no ar,
até pousarem num tapete,
casual e úmido,
de flores murchas,
folhas mortas
e húmus.
NEWTON NAZARETH
Tarde de Verão
Ebulição infernal, asfalto ferve,
Emana um insuportável vapor,
Vindo do meio dia com sol a pino,
Irradiando seus raios de calor.
Nas áreas urbanas os arranha-céus,
Parecem unir-se quase no espaço,
E conspirando contra o oxigênio,
Cada vez bem mais difícil e escasso.
Pessoas andam se esbarrando e trôpegas,
Às pressas e sequiosas por um bar,
Elas parecem suplicar por socorro,
Resfolegando e ansiando o ar.
Temperatura alta, insuportável,
Face úmida, axilas molhadas,
Gotas de suor escorrem pelas têmporas,
Paletó nas mãos, camisas encharcadas.
Nas praias superlotadas é a antítese,
Banhistas seminus expostos ao sol,
Distantes de tudo, longes, distraídos,
Mergulhando, ou praticando o “frescobol”.
É a tranquilidade, é um oásis.
Nos bares da orla, chope e cerveja,
Alegria contagiante com risos,
Euforia, atmosfera benfazeja.
Surge aos poucos uma pequena aragem,
Que vai se apresentando discretamente,
Mostrando velocidade que aumenta,
Cuja intensidade cresce fortemente.
É o afamado vento sudoeste,
Respeitado por sua ferocidade.
Mais conhecido como um destruidor,
E o grande formador de tempestade.
Agora já se nota uma ventania,
Com intensidade avassaladora,
Que vai derrubando tudo à sua frente,
Destruindo com fúria assustadora.
Faíscas de relâmpagos rasgam céu,
É vista uma escuridão vesperal,
Os roncos das trovoadas amedrontam,
É o prenúncio de um forte vendaval.
Vários pingos espessos se precipitam,
Aumentam a cada fração de segundo,
Chove exageradamente, sem parar.
Horrível, até parece o fim do mundo.
Ruas alagadas, trânsito infernal,
Todo sistema de sinais apagado,
Soam sirenes, pedidos de socorro.
Desastre total é o caos instalado.
Todos correm a esmo sem direção,
Desconhecendo riscos e o perigo,
Tropeçando, esbarrando-se, caindo,
A procura de proteção num abrigo.
Gradativamente a chuva diminui,
Silenciosa e serena sem alarde.
Por do sol já aparece no seu ocaso,
E se vislumbra os sinais do fim de tarde.
A noite chega imponente e majestosa,
O céu está sem nuvens todo estrelado,
No fundo a lua cheia resplandecente,
Irradia seu brilho prá todo lado.
Agora com toda calma e sem transtornos,
As pessoas caminham no calçadão,
O calor aos poucos volta como antes,
De uma noite típica de verão.
A cara da cidade volta ao normal,
Toda iluminada e sempre graciosa,
Esbanjando amor e hospitalidade,
Naquela que é linda e maravilhosa.
SUZANA MARIA CRUZ PEIXOTO
Poema em Aldravipéia
paisagens
formosas
encantos
da
natureza
Deus
a
terra
nosso
berço
nosso
chão
o sertanejo
escuta
o
capim
crescer
chuvisco delicioso
frescura
de
capim
molhado
buquês
de
ipê
florada
da
beleza
flores
no
jardim
harmonia
da
vida
gotas
de
orvalho
ornamento
das
flores
vento
faz
voar
grãos
de
poeira
o
vento
uivando
açoita
os
arvoredos
pássaros
na
tempestade
revoada
sem
rumo
outono
chega,
folha
cai,
árvore
desnuda
límpidas
águas
nascentes:
lágrimas
da
terra
chuá...
chuá...
águas murmurantes
da
cascata
cascata
cristalina
sua
sina
sempre
cantar
chuê...
chuê...
o
rio
que
canta
cursos
dos
rios
caminhos
sem
volta
praia
beira-mar
delicada
brisa
que
alisa
carinhosa
brisa
acaricia
chega
de
mansinho
ondas:
do
mar
borbulhas
lambendo
praias
poderosa natureza
inesgotável
fonte
de
beleza
Fonte:
IV Troféu Literatura da Natureza, in http://www.reinodosconcursos.com.br
O Tapete da Vida
Que a morte venha ternamente
e a vida se esvaia lentamente,
para que eu possa, em placidez,
assistir aos meus últimos momentos.
Que sejam como os das flores
e das folhas do outono,
que ao soçobrarem,
quando dos galhos se desgarrem,
flutuem bailando no ar,
até pousarem num tapete,
casual e úmido,
de flores murchas,
folhas mortas
e húmus.
NEWTON NAZARETH
Tarde de Verão
Ebulição infernal, asfalto ferve,
Emana um insuportável vapor,
Vindo do meio dia com sol a pino,
Irradiando seus raios de calor.
Nas áreas urbanas os arranha-céus,
Parecem unir-se quase no espaço,
E conspirando contra o oxigênio,
Cada vez bem mais difícil e escasso.
Pessoas andam se esbarrando e trôpegas,
Às pressas e sequiosas por um bar,
Elas parecem suplicar por socorro,
Resfolegando e ansiando o ar.
Temperatura alta, insuportável,
Face úmida, axilas molhadas,
Gotas de suor escorrem pelas têmporas,
Paletó nas mãos, camisas encharcadas.
Nas praias superlotadas é a antítese,
Banhistas seminus expostos ao sol,
Distantes de tudo, longes, distraídos,
Mergulhando, ou praticando o “frescobol”.
É a tranquilidade, é um oásis.
Nos bares da orla, chope e cerveja,
Alegria contagiante com risos,
Euforia, atmosfera benfazeja.
Surge aos poucos uma pequena aragem,
Que vai se apresentando discretamente,
Mostrando velocidade que aumenta,
Cuja intensidade cresce fortemente.
É o afamado vento sudoeste,
Respeitado por sua ferocidade.
Mais conhecido como um destruidor,
E o grande formador de tempestade.
Agora já se nota uma ventania,
Com intensidade avassaladora,
Que vai derrubando tudo à sua frente,
Destruindo com fúria assustadora.
Faíscas de relâmpagos rasgam céu,
É vista uma escuridão vesperal,
Os roncos das trovoadas amedrontam,
É o prenúncio de um forte vendaval.
Vários pingos espessos se precipitam,
Aumentam a cada fração de segundo,
Chove exageradamente, sem parar.
Horrível, até parece o fim do mundo.
Ruas alagadas, trânsito infernal,
Todo sistema de sinais apagado,
Soam sirenes, pedidos de socorro.
Desastre total é o caos instalado.
Todos correm a esmo sem direção,
Desconhecendo riscos e o perigo,
Tropeçando, esbarrando-se, caindo,
A procura de proteção num abrigo.
Gradativamente a chuva diminui,
Silenciosa e serena sem alarde.
Por do sol já aparece no seu ocaso,
E se vislumbra os sinais do fim de tarde.
A noite chega imponente e majestosa,
O céu está sem nuvens todo estrelado,
No fundo a lua cheia resplandecente,
Irradia seu brilho prá todo lado.
Agora com toda calma e sem transtornos,
As pessoas caminham no calçadão,
O calor aos poucos volta como antes,
De uma noite típica de verão.
A cara da cidade volta ao normal,
Toda iluminada e sempre graciosa,
Esbanjando amor e hospitalidade,
Naquela que é linda e maravilhosa.
SUZANA MARIA CRUZ PEIXOTO
Poema em Aldravipéia
paisagens
formosas
encantos
da
natureza
Deus
a
terra
nosso
berço
nosso
chão
o sertanejo
escuta
o
capim
crescer
chuvisco delicioso
frescura
de
capim
molhado
buquês
de
ipê
florada
da
beleza
flores
no
jardim
harmonia
da
vida
gotas
de
orvalho
ornamento
das
flores
vento
faz
voar
grãos
de
poeira
o
vento
uivando
açoita
os
arvoredos
pássaros
na
tempestade
revoada
sem
rumo
outono
chega,
folha
cai,
árvore
desnuda
límpidas
águas
nascentes:
lágrimas
da
terra
chuá...
chuá...
águas murmurantes
da
cascata
cascata
cristalina
sua
sina
sempre
cantar
chuê...
chuê...
o
rio
que
canta
cursos
dos
rios
caminhos
sem
volta
praia
beira-mar
delicada
brisa
que
alisa
carinhosa
brisa
acaricia
chega
de
mansinho
ondas:
do
mar
borbulhas
lambendo
praias
poderosa natureza
inesgotável
fonte
de
beleza
Fonte:
IV Troféu Literatura da Natureza, in http://www.reinodosconcursos.com.br
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