Vim de longe, vou mais longe
Quem tem fé vai me esperar
Escrevendo numa conta
Pra junto a gente cobrar
No dia que já vem vindo
Que esse mundo vai virar
No dia que já vem vindo
Que esse mundo vai virar
Noite e dia vêm de longe
Branco e preto a trabalhar
E o dono senhor de tudo
Sentado, mandando dar
E a gente fazendo conta
Pro dia que vai chegar
E a gente fazendo conta
Pro dia que vai chegar
Marinheiro, marinheiro
Quero ver você no mar
Eu também sou marinheiro
Eu também sei governar
Madeira de dar em doido
Vai descer até quebrar
É a volta do cipó de aroeira
No lombo de quem mandou dar
É a volta do cipó de aroeira
No lombo de quem mandou dar
Vim de longe, vou mais longe
Quem tem fé vai me esperar
Escrevendo numa conta
Pra junto a gente cobrar
No dia que já vem vindo
Que esse mundo vai virar
No dia que já vem vindo
Que esse mundo vai virar
Noite e dia vêm de longe
Branco e preto a trabalhar
E o dono senhor de tudo
Sentado, mandando dar
E a gente fazendo conta
Pro dia que vai chegar
E a gente fazendo conta
Pro dia que vai chegar
Marinheiro, marinheiro
Quero ver você no mar
Eu também sou marinheiro
Eu também sei governar
Madeira de dar em doido
Vai descer até quebrar
É a volta do cipó de aroeira
No lombo de quem mandou dar
É a volta do cipó de aroeira
No lombo de quem mandou dar
É a volta do cipó de aroeira
No lombo de quem mandou dar
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Aroeira: O Canto de Resistência de Geraldo Vandré
A música 'Aroeira', composta por Geraldo Vandré, é um símbolo de resistência e esperança em tempos de opressão. Lançada durante o período da ditadura militar no Brasil, a canção utiliza metáforas para falar de luta e da certeza de um futuro onde a justiça prevalecerá. O refrão 'É a volta do cipó de aroeira no lombo de quem mandou dar' refere-se a um dito popular que significa que a violência e a injustiça cometidas contra alguém ou um povo retornarão para aqueles que as perpetraram. A aroeira, uma árvore conhecida por sua madeira resistente e que era usada para fazer chicotes, simboliza aqui o instrumento de tortura que, metaforicamente, voltará contra os opressores.
A letra fala de uma jornada de luta ('Vim de longe, vou mais longe'), onde a fé e a perseverança são essenciais ('Quem tem fé vai me esperar'). A 'conta' que está sendo escrita é uma alusão à contabilidade das injustiças e dos abusos que serão cobrados no futuro ('Pra junto a gente cobrar'). A música transmite a mensagem de que, apesar da opressão ('E o dono senhor de tudo / Sentado, mandando dar'), haverá um dia de acerto de contas ('No dia que já vem vindo / Que esse mundo vai virar').
Geraldo Vandré, conhecido por suas canções de protesto, utiliza a figura do 'marinheiro' para falar sobre a capacidade de navegar e de governar a própria vida, em oposição àqueles que se consideram donos do destino dos outros. A música é um chamado à resistência e à luta por um mundo mais justo, onde as desigualdades e a opressão serão superadas ('Noite e dia vêm de longe / Branco e preto a trabalhar').
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