Lampião de gás
Lampião de gás
Quanta saudade
Você me traz
Lampião de gás
Lampião de gás
Quanta saudade
Você me traz
Da sua luzinha verde azulada
Que iluminava a minha janela
Do almofadinha lá na calçada
Palheta branca, calça apertada
Do bilboquê, do diabolô
Me dá foguinho, vai no vizinho
De pular corda, brincar de roda
De benjamim, jagunço e chiquinho
Lampião de gás
Lampião de gás
Quanta saudade
Você me traz
Lampião de gás
Lampião de gás
Quanta saudade
Você me traz
Do bonde aberto, do carvoeiro
Do vossoureiro, com seu pregão
Da vovózinha, muito branquinha
Fazendo roscas, sequilhos e pão
Da garoinha fria, fininha
Escorregando pela vidraça
Do sabugueiro grande e cheiroso
Lá no quintal da rua da graça
Lampião de gás
Lampião de gás
Quanta saudade
Você me traz
Lampião de gás
Lampião de gás
Quanta saudade
Você me traz
Minha São Paulo calma e serena
Que era pequena, mas grande demais
Agora cresceu, mas tudo morreu
Lampião de gás que saudade me traz
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Nostalgia e Memórias em 'Lampião de Gás'
A música 'Lampião de Gás', é uma ode nostálgica à São Paulo de outrora, uma cidade que, embora tenha crescido e se modernizado, deixou para trás uma série de memórias e tradições que a cantora relembra com carinho. A repetição do refrão 'Lampião de gás, quanta saudade você me traz' reforça o sentimento de saudade e a importância das lembranças que o lampião de gás evoca.
A letra da música é rica em detalhes que pintam um quadro vívido da vida cotidiana em uma São Paulo mais simples e tranquila. Referências a brincadeiras infantis como bilboquê e diabolô, e a figuras típicas como o carvoeiro e o vossoureiro, trazem à tona uma época em que a vida era mais comunitária e menos apressada. A menção à 'vovózinha, muito branquinha, fazendo roscas, sequilhos e pão' adiciona um toque pessoal e familiar, evocando a sensação de aconchego e segurança do lar.
Além disso, a música também aborda a transformação da cidade, que 'cresceu, mas tudo morreu'. Esse verso final encapsula a dualidade do progresso: enquanto a modernização traz avanços, ela também pode apagar traços importantes da cultura e da memória coletiva. A 'São Paulo calma e serena' contrasta fortemente com a metrópole agitada de hoje, e o lampião de gás se torna um símbolo de um tempo perdido, mas não esquecido.
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