domingo, 15 de junho de 2025

Silmar Bohrer (Croniquinha) 136


Crepúsculos? Ah, os crepúsculos! Aqueles do outono. Tardinhas viram pinturas imensas, cenários de encantamentos, céus de pura inspiração. Mudam os ventos da estação, mudam os ares dos dias, mudam os responsos da vida. 

Folhas esparsas, atmosfera embalsamada de aromas. As flores. Dálias, cravinas, margaridas, gérberas, gerânios, lírios do brejo. Cores das calendas. A poesia rabiscada nas vidraças suadas das noites frias. Ali dentro o pinhão na chapa, o vinho na taça, dissabores transformados em opimos (ricos) sabores.

Quem dera que os dias dos humanos fossem sempre feitos de delícias e encantos. Que os arautos bissextos trouxessem alvíssaras de tempos melhores, manhãs, tardes, noites fartas de iluminuras, estações perenes de bom viver.
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Silmar Bohrer nasceu em Canela/RS em 1950, com sete anos foi para em Porto União-SC, com vinte anos, fixou-se em Caçador/SC. Aposentado da Caixa Econômica Federal há quinze anos, segue a missão do seu escrever, incentivando a leitura e a escrita em escolas, como também palestras em locais com envolvimento cultural. Criou o MAC - Movimento de Ação Cultural no oeste catarinense, movimentando autores de várias cidades como palestrantes e outras atividades culturais. Fundou a ACLA-Academia Caçadorense de Letras e Artes. Membro da Confraria dos Escritores de Joinville e Confraria Brasileira de Letras. Editou os livros: Vitrais Interiores  (1999); Gamela de Versos (2004); Lampejos (2004); Mais Lampejos (2011); Sonetos (2006) e Trovas (2007).

Fontes:
Texto enviado pelo autor. 
Imagem criada por Jfeldman com Microsoft Bing

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