sábado, 31 de janeiro de 2009

Armando Sousa (Poesias Avulsas)


Ai poetas

Ai poetas como sofre vossa mentalidade e ser
Passais uma vida descrevendo cantos de amor
Sentis, mas o maior sentimento e de escrever
Escondendo sempre o grande padecer da dor
Vosso pensamento perde-se no espaço estelar
Contando e polindo, pondo diamante a brilhar
Juntando as estrelas do céu as estrelas do mar
Nunca falais da dor, tão grande é vosso penar
O jeito do poete fica embrulhado só em sonho
São secretas suas amarguras;... os desenganos
Aos golpes feitos pelo amor mostram ar risonho
Escrevem nódoas caídas, noutro branco pano
Arrastam na vida, amores e tantas amarguras
Descrevem vida brilhante toda em lidas cores
Na verdade passam tragédias das mais duras
Carregam com sorrisos os espinhos das dores
Mas o poeta finge para dar ao mundo coragem
Este quer que a vida seja para todos perfeição
Quer que aja verdadeira alegria na carruagem
As cantigas que escreve alegrem todo o coração
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Teus olhos verdes

Ai, teus olhos; mulher, esses teus olhos verdes
Me deixam paralisado perante encanto de serpente
Duas azeitonas verdes, meus olhos azuis as pede
Mágicos teus olhos verdes faz perder minha mente

Ai teus olhos verdes, navegaria como no mar
São a atração do amor, fazem meus azuis chorar
Vi-os um dia na net, esse verde de enfeitiçar
Os lábios eram rosados, pérolas para se beijar

Cabelo compunha a deusa em formas de violino
Traz-me preso ao mundo, e o verde de seu olhar
Minha cabeça roda; rosa te daria tanto mimo
Não te escondas; te adora meu pensar

Olhos verdes... sou poeta, pouco sei escrever
Escrevo para ti essas historias de ninar
Tuas primeiras palavras; teria muito a aprender
Só olhava teus olhos teus lábios queria beijar

Sei que não pode ser; só ver-te fico contente
Olha-me, com teus olhos verdes brilhantes
Olhos verdes, olha-me com encanto da serpente
Corpos separados, deixa os olho ser amantes

Tão longe, tremido, louco, encantado com teu olhar
Lábios frescos rosados, cobrem a mente de desejos
Teus olhos verdes me estão a encantar
Teus lábios rosados pedem aos meu para lhe dar beijos
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Montes da Minha Terra

Montes da minha terra
Monte; tantas vezes me viste a pinheiros trepar
Canas e rama cortadas para no lume arder
Tantas vezes me viste cansado e de fome chorar
Hoje penso... sinto saudades; mas tenho prazer
Montes vos me ouviste cantar também de alegria
Pregava como a declamar a cima do penedo da fraga
Já andava a minha volta o que hoje escrevo como poesia
Eram os contos da cobrinha a minha mente chegava
Hoje na minha mente ainda vos estou a ver
Do alto dos pinheiros vi tantas vezes o espelho do mar
Tão perto e tão longe, mas eu queria aprender
Ver beleza, fartura, ninguém por minha causa chorar
Teria, longe do monte e do rio, e noutra terra viver
Famalicâo minha Vila; Ruivães minha freguesia,
Os montes produziam lenha para me aquecer
Mato pinheiros e eucaliptos, testemunhas de minha poesia
Tudo destrocado, não vos vou voltar a ver
Foi nos monte que com colegas vimos folclore dançar
Nos montes lançamos um desafio ao livre divertimento
E nesse tempo de juventude que estou a pensar
Com medo da PIDE era um sofrimento
Rio Ave, viste minha nudez, de criança e juventude
Das tuas águas Ave, com fome comi peixe intoxicado
Caçados nas águas da açude, turbina de Delães
Veneno das tintas sódicas das fabricas a águas lançado
Que saudades dos montes e do campo de jogos do Freião
Da água pura das fontes, dos bois e do arado
Não vos volto a ver, levo-vos no coração
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Certos Lugares

Certos lugares países mares e continentes
Podem falar de mi, meu amor, minha alegria
Belezas falam como meus olhos indulgentes
Minha pena e Web fala da minha poesia

Meus olhos contam historias de jardins e de lagos
Minha mente atravessa montanhas mares e céus
Professores foram na terra meus magos
Agnósticos, procuravam no universo por seus deuses

Destino e mãe me tirou de suas entranhas
Para a maldade dos homens e egoísmo conhecer
Brutamontes, orgulhosos de suas façanhas
Com escárnio, vêem tantos inocentes morrer
Certos lugares já me viram fazer amor

Com doçura tratava minha eterna companheira
Correu mundos comigo sempre a minha flor
Quero a ver eternamente à minha beira
Não brigo com chuva ou a neve a cair

Fui penedo fui areia, fui pó fui nada
Me fez o amor, não sei quando partir
Fui som fui paixão entre o verbo entrelaçada
Lindos lugares passaram antes de eu ser por mi

Senti goste de viver nesta imensidão
Medos foi coisa que nunca os vi
Mas tenho medo de amar tanta paixão
Certos lugares são meus desejos meus prazeres

Terei de perder do viver esta ilusão
Esses lugares aumentaram em mi os meus deveres
Tantas vezes acalmaram meu amoroso coração
Ho... certos lugares.......
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Fontes:
E-mail enviado pelo autor.
http://www.notivaga.com.br/

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