Ícone Editora
Coleção Ícone Jovem
304 páginas
A jovem escritora Francine Cruz lança seu romance Amor, Maybe (Ícone, 2011) nacionalmente. Francine caiu no gosto de jovens adolescentes por usar uma linguagem simples e direta contando lindas histórias apaixonadas. A autora está sendo elogiada por seu 1º romance adolescente. O livro já está disponível nas livrarias. Para contato com a escritora, seguem os contatos: blog http://francinecruz.blogspot.com/, Twitter: @FrancineCruz e/ou @AmorMaybe, e-mail fran_rcc@hotmail.com e telefone: (41) 9668-6262
Link:
Livro no site Ícone Editora
RESENHA:
Até onde pode ir um grande amor? A fé ajuda a recuperar sentimentos?
Quem pode separar duas pessoas que se amam?
Descubra em Amor, Maybe uma linda história romântica
como você nunca viu!
Em uma festa à fantasia, Josephine e Matthew se conhecem e se apaixonam. Inexperientes, Josie e Matt sabem que se amam, mas, para viver esse grande amor, terão que vencer muitas barreiras. O que será que os impede de ficar juntos?
Esta é a história de um amor inacabado, cheio de lágrimas, romance, brigas e sentimentos, mas, acima de tudo, cheio de esperança. Fala sobre o tempo e como a vida pode pregar peças em nós.
Neste romance, você conhecerá a força de um amor verdadeiro que através dos anos buscará sua chance de ser eterno. Será esse amor forte o suficiente para resistir ao tempo, à distância e à solidão?
– Maybe.
***
A história começa no ano de 2006 quando Josephine retorna à cidade de Los Angeles e começa a ter sonhos misteriosos. A cada dia eles aumentam de intensidade e revelam mais informações até que, passeando de carro no dia de seu aniversário, Josie reconhece o Hospital São Rafael como o local visto em seus sonhos e descobre que seu amado Matthew, ausente de sua vida há anos, está em coma.
A partir desse dia, Josie passa a dedicar suas tardes a Matt e começa a descobrir fatos que ignorava sobre os motivos de ele tê-la abandonado no passado.
Tendo reencontrado seu amado, Josie reencontra também a inspiração para voltar a escrever o livro que havia começado quando os dois se conheceram e, em suas visitas a ele no hospital, passa a lhe contar a história de suas próprias vidas.
Amor, Maybe une assim o passado e o presente dos personagens, intercalados na narrativa através das leituras de Josephine.
A autora:
Francine Cruz nasceu em Curitiba, em 1984. Formada em Educação Física e Pós-Graduada em Atividade Física e Saúde (UFPR), acadêmica do curso de Letras Português/Inglês (UTFPR), atualmente se divide entre suas duas paixões: dar aulas de educação física e escrever. Amor, Maybe marca sua estréia com sucesso no mundo das histórias românticas.
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Excerto do livro:
Capítulo 1– o sonho
Encontre-me.
Encontre-me.
Josephine acordou com essas palavras girando em sua mente.
Encontre-me.
Encontrar quem? Encontrar o quê? Quando? Por quê?
Ela não sabia. Tinha sido uma noite longa e um sonho nebuloso. Josie conhecia-se o suficiente para ter certeza de que essas palavras ficariam gravadas no fundo de seu coração, e detestava isso. As interrogações permaneceriam em sua cabeça o dia todo e ela não queria pensar no assunto, temia a resposta que poderia encontrar.
13 de maio de 2006 – sete da manhã, hora de levantar.
Melhor esquecer isso.
Confusa, Josie escovou os dentes pensando: “Uma noite tão longa, para mais um dia vazio…” Por um segundo achou essas palavras familiares, mas não tinha coragem de refletir sobre elas.
Desceu as escadas e dirigiu até o trabalho tentando calar seu próprio coração, tentando, sem sucesso, mascarar o sentimento de antecipação que lhe invadia.
Havia retornado a Los Angeles há poucos meses. Tinha optado por cursar a faculdade no Brasil e agora, formada, era professora de Literatura na Escola Fundamental de Sunfield. Sempre preferiu as crianças – “os seres mais sinceros do mundo”, dizia. Adorava seu trabalho e dedicava todas as suas forças para despertar a paixão pela literatura naquelas alminhas a ela confiadas.
Ensinava cada criança com uma ternura especial, como se fossem os próprios filhos que gostaria de educar um dia. Elas, sentindo aquele carinho sincero, cobriam-na de beijos e abraços o tempo todo.
Nesse dia, rompendo sua rotina, estava indisposta para dar aula. Um grande mistério tirava sua paz. Josephine sentia que seu subconsciente tentava lhe dizer algo que ela não queria ouvir. Tinha medo de silenciar seu coração, sofria muito com as lembranças. Ocupou cada minuto de seu dia com milhões de atividades só para não pensar no que a inquietava.
Sua estratégia deu certo. Chegou em casa bastante cansada ao fim do dia e, tão logo deitou-se, adormeceu.
Encontre-me. Encontre-me, Josie.
Eu preciso de você. Preciso muito…
Josie acordou subitamente sem ar. Sentia-se angustiada, perdida. Não sabia o que pensar, nem até quando aguentaria aquela situação. Os sonhos continuavam abstratos e seu coração apertava-se no peito. Começou a se preocupar com seu bem-estar emocional.
Era semana do seu aniversário e não podia evitar a tristeza que chegava nessa época. Desde criança era assim, mas a melancolia nesse ano vinha com força total. Mentindo para seu próprio coração, deu a desculpa da data próxima e repetia consigo mesma: “todo ano é assim, não tenho porque me preocupar…”
Outra vez, recusou-se a pensar no assunto e saiu mais cedo para o trabalho. Procurou gastar o máximo de energia, para que não restasse nada quando deitasse. Ainda assim, novos sonhos surgiram. A cada noite, eles se tornavam mais claros, aumentavam de duração e intensidade. Josie começou a ver entre a neblina vultos de pessoas, ouvir vozes estranhas e, lá no fundo, a mesma voz dos outros dias lhe repetia:
Encontre-me. Preciso de você.
Não me deixe desistir… Josie…
15 de maio de 2006 – véspera de seu aniversário.
Josephine rezava para que o dia chegasse e acabasse logo, assim, aquela angústia passaria junto com ele.
Como era difícil sufocar aquelas milhares de interrogações brotadas em seu coração!
Ao sair da escola, tentando distrair-se, resolveu ir ao shopping comprar um presente para si mesma. Foi até a livraria e nem tentou resistir ao impulso consumista tão criticado por ela. Por hoje, permitia-se o exagero de esbanjar nas compras. De uma vez só, levou para casa vários de seus melhores amigos, desde os de longa data, como Shakespeare, Jane Austen, Emily Dickinson e Goethe, até os mais recentes, como Vinícius de Moraes, Castro Alves e Manuel Bandeira. Estavam todos lá. Eles a faziam sentir-se melhor. E sentiu-se.
Lendo Os sofrimentos do Jovem Werther, Josie encontrou enfim a frase que lhe trouxe a paz. Era Werther quem dizia, mas ela tomava agora as palavras como suas:
Às vezes digo para mim mesmo: “o teu destino é único, podes considerar todos os outros felizes… nenhum mortal foi tão martirizado quanto tu”… E depois disso leio qualquer poeta antigo, e é como se lesse no meu próprio coração. Tenho de suportar tanto! Ah, terá nascido antes de mim homem tão miserável?
Estava mais tranquila agora. Sabia que seus heróis não a deixariam só. Colocou o livro sobre a mesa de cabeceira, desligou o abajur e adormeceu.
Encontre-me… Não me deixe desistir…
Me sinto tão só… Eu amo você… Josie…
Dessa vez seu sonho foi tão intenso que Josephine despertou completamente desnorteada. Por vezes respirou com intensidade, sentindo medo. Medo de seu próprio coração, pois ele insistia em sentimentos indesejados.
Vivia sozinha desde os tempos de faculdade, mas nunca havia se sentido tão carente e desprotegida como agora. Acendeu o abajur, abraçou os joelhos e chorou até o sol raiar.
Fonte:
Andrey do Amaral
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