SAÍ DA MINHA CASA às carreiras, logo que me vi fora da cama. Abri a porta de meu quarto e voei para a rua em busca de novidades. Qualquer coisa que distraísse o meu pessimismo galopante, nojento e asqueroso, me faria um sujeito feliz. Na verdade, queria me ver livre da manhã entristecida que não nascera bem. Faltou algum elemento primordial na mistura da sua composição. Um toque sutil de leveza, quem sabe um empurrão, para que ela deixasse de ser como uma rosa embriagada esquecida dentro de uma garrafa atirada à sorte e se tornasse perfeita.
Não só isto. Igualmente se reinventasse sem defeito, magistral, primorosa, robusta e seguisse, radiante e versátil, acolhedora e hospitaleira, afetuosa e caridosa vivendo livre e tranquila no jardim do meu mais urgente, destituída, obviamente, dos fluidos indigestos que a perseguiam e vingasse na mais pura vontade de ser plena e realizada aos olhos (não só aos meus) de quem quer que aparecesse e a contemplasse. O oposto, o contrário, se fizera maior. Se agigantou numa chegada cruel e mal parida, engendrada a bel prazer de uma esquizofrênica infame e duramente cruel.
Em vista disto, eu não conseguia me enquadrar em seus parâmetros, nem tampouco ela a mim, no sentido de jogar no rosto carcomido pelo desespero, um semblante mais ameno, um perfil que não me tornasse tão radical e infeliz, a ponto de achar que todo o Universo, ao meu entorno, conspirasse a meu desfavor. Resolvi cair no mundo. Fugir daquele crepúsculo pavoroso e desvairado. Na minha partida, em busca de algo pleno, me embrenhei por caminhos e atalhos os mais diversos dentro de um universo paralelo que, de igual forma, me fez mais pessimista, e pior, literalmente desanimado e divorciado do controle emocional.
As novidades que almejava, de repente se desfizeram em angústias e dissabores, problemas e questiúnculas que se avizinharam contrárias e antagônicas ao meu modo pacato e sem atropelos de viver cada novo dia que chegava. Em decorrência deste imprevisto não previsto e desenfreado, assim do não existente, os percalços se multiplicaram aos borbotões. Como torneiras abertas, por mãos invisíveis, se sucedeu sobre meus costados, uma enxurrada 'desconjunturada' e infernal de atropelos, o que contribuiu para aumentar, sobremaneira, as barreiras intransponíveis que vieram, de roldão, junto com o pacote que eu não pedira.
Diante deste quadro infortunoso e lúgubre, o que fazer? Que atitude tomar? Seguir em frente? Retroceder? Como me livrar do pessimismo molesto que me infligia um esmagamento atroz e me mortificava, me atormentava e me estragava as horas vindouras, a partir de um simples e corriqueiro acordar? De pronto, me deparei com uma válvula de escape emergente. Acredito que um anjo do bem, soprou algo esplendoroso em meus ouvidos. Do nada, ouvi um ‘volta, volta, volta’. Não pensei duas vezes. Regressei correndo à minha casa feito um maluco desorientado ao ponto de partida. Meu quarto.
Dentro dele, me tranquei apressurado e fadigado, esbofado e boquiaberto, como se estivesse querendo que aquele matutino fosse, de vez, embora o mais depressa possível e se desagarrasse dos meus pés. Incrivelmente deu certo o aborto planejado da minha fuga afergulhada. O dilúculo entristecido e lutuoso, embaçado e malévolo se foi embora. Partiu de vez. Durou pouco os seus horrores, às minhas provações. Descobri, instantes depois, que tudo orbitou apenas no meu imaginário. Na verdade, após caso passado, digo, de bom grado, que este nascer inóspito, a bem da verdade, não existiu verdadeiramente.
Mesmo norte, esta alvorada manemolente não vingou, não descendeu. Sequer se criou, ou se materializou em forma de um porvir real. Diria, agora, que tudo passou, id est. Estas primeiras horas repletas de malogros e desencantos jamais chegaram. De nenhuma forma se aproximaram dos meus receios e carências. Como num passe de mágica, tipo um achado benfazejo, com as graças de um Ser Maior e Divinizado (que a tudo viu e reconstruiu), voltei a ser eu mesmo de novo. Confiante e vitorioso, ao me flagrar livre como antes, meu coração se abriu em festa abraseada. Aqui estou saltitante à acolher a visão beatificante de que tudo seria e é concreto dentro do impossível do meu possível.
E, de fato, crendo piamente nesta teoria da Felicidade ímpar, e sem espaços, consegui sair do buraco negro. Me libertei. Me safei. Revivi, ressuscitei, granjeei forças. Renasci mais poderoso, como aquela ave mitológica. Das cinzas. Aqui estou agora, sem correntes, ou amarras, sem fobofobias e hipocondrias, me sentindo o dono do pedaço, senhor de mim mesmo, o absoluto de tudo e o mais importante: não ‘re-vendo’ o jardim desfeito, tampouco a rosa pinguça, metida dentro de um vasilhame bojudo de gargalo comprido. O arraiado, a rosa e eu, pela ternura imensurável de Deus, agradecemos. Estamos e nos sentimos IMENSAMENTE FELIZES.
Não só isto. Igualmente se reinventasse sem defeito, magistral, primorosa, robusta e seguisse, radiante e versátil, acolhedora e hospitaleira, afetuosa e caridosa vivendo livre e tranquila no jardim do meu mais urgente, destituída, obviamente, dos fluidos indigestos que a perseguiam e vingasse na mais pura vontade de ser plena e realizada aos olhos (não só aos meus) de quem quer que aparecesse e a contemplasse. O oposto, o contrário, se fizera maior. Se agigantou numa chegada cruel e mal parida, engendrada a bel prazer de uma esquizofrênica infame e duramente cruel.
Em vista disto, eu não conseguia me enquadrar em seus parâmetros, nem tampouco ela a mim, no sentido de jogar no rosto carcomido pelo desespero, um semblante mais ameno, um perfil que não me tornasse tão radical e infeliz, a ponto de achar que todo o Universo, ao meu entorno, conspirasse a meu desfavor. Resolvi cair no mundo. Fugir daquele crepúsculo pavoroso e desvairado. Na minha partida, em busca de algo pleno, me embrenhei por caminhos e atalhos os mais diversos dentro de um universo paralelo que, de igual forma, me fez mais pessimista, e pior, literalmente desanimado e divorciado do controle emocional.
As novidades que almejava, de repente se desfizeram em angústias e dissabores, problemas e questiúnculas que se avizinharam contrárias e antagônicas ao meu modo pacato e sem atropelos de viver cada novo dia que chegava. Em decorrência deste imprevisto não previsto e desenfreado, assim do não existente, os percalços se multiplicaram aos borbotões. Como torneiras abertas, por mãos invisíveis, se sucedeu sobre meus costados, uma enxurrada 'desconjunturada' e infernal de atropelos, o que contribuiu para aumentar, sobremaneira, as barreiras intransponíveis que vieram, de roldão, junto com o pacote que eu não pedira.
Diante deste quadro infortunoso e lúgubre, o que fazer? Que atitude tomar? Seguir em frente? Retroceder? Como me livrar do pessimismo molesto que me infligia um esmagamento atroz e me mortificava, me atormentava e me estragava as horas vindouras, a partir de um simples e corriqueiro acordar? De pronto, me deparei com uma válvula de escape emergente. Acredito que um anjo do bem, soprou algo esplendoroso em meus ouvidos. Do nada, ouvi um ‘volta, volta, volta’. Não pensei duas vezes. Regressei correndo à minha casa feito um maluco desorientado ao ponto de partida. Meu quarto.
Dentro dele, me tranquei apressurado e fadigado, esbofado e boquiaberto, como se estivesse querendo que aquele matutino fosse, de vez, embora o mais depressa possível e se desagarrasse dos meus pés. Incrivelmente deu certo o aborto planejado da minha fuga afergulhada. O dilúculo entristecido e lutuoso, embaçado e malévolo se foi embora. Partiu de vez. Durou pouco os seus horrores, às minhas provações. Descobri, instantes depois, que tudo orbitou apenas no meu imaginário. Na verdade, após caso passado, digo, de bom grado, que este nascer inóspito, a bem da verdade, não existiu verdadeiramente.
Mesmo norte, esta alvorada manemolente não vingou, não descendeu. Sequer se criou, ou se materializou em forma de um porvir real. Diria, agora, que tudo passou, id est. Estas primeiras horas repletas de malogros e desencantos jamais chegaram. De nenhuma forma se aproximaram dos meus receios e carências. Como num passe de mágica, tipo um achado benfazejo, com as graças de um Ser Maior e Divinizado (que a tudo viu e reconstruiu), voltei a ser eu mesmo de novo. Confiante e vitorioso, ao me flagrar livre como antes, meu coração se abriu em festa abraseada. Aqui estou saltitante à acolher a visão beatificante de que tudo seria e é concreto dentro do impossível do meu possível.
E, de fato, crendo piamente nesta teoria da Felicidade ímpar, e sem espaços, consegui sair do buraco negro. Me libertei. Me safei. Revivi, ressuscitei, granjeei forças. Renasci mais poderoso, como aquela ave mitológica. Das cinzas. Aqui estou agora, sem correntes, ou amarras, sem fobofobias e hipocondrias, me sentindo o dono do pedaço, senhor de mim mesmo, o absoluto de tudo e o mais importante: não ‘re-vendo’ o jardim desfeito, tampouco a rosa pinguça, metida dentro de um vasilhame bojudo de gargalo comprido. O arraiado, a rosa e eu, pela ternura imensurável de Deus, agradecemos. Estamos e nos sentimos IMENSAMENTE FELIZES.
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Texto enviado pelo autor.
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