terça-feira, 7 de dezembro de 2021

Cláudio de Cápua (O Mundo Literário em Preto & Branco) Hernâni Donato


 Em 1970, num lançamento de livro, na Livraria Teixeira, tive a satisfação de conhecer um dos grandes intelectuais do Brasil, Hernâni Donato.

Embora escritor consagrado, era ele um homem sem vaidades. Nossa amizade firmou-se graças a já ter eu lido alguns de seus livros.

Hernâni escreveu mais de 60 obras abrangendo literatura, história, folclore, além de inúmeras traduções. Dedicou-se também à literatura infantil e juvenil. Três destes livros resultaram em filmes. Vários outros trabalhos inspiraram teses de mestrado e doutorado e peças teatrais. O romance "Chão Bruto" chegou à décima edição.

Outro romance foi "Selva Trágica", que teve edição especial de 64 mil exemplares e dele foram feitas duas versões cinematográficas.

Tradutor consagrado, verteu para o português "A Divina Comédia" e "Monarquia", de Dante Alighieri.

No campo da História, o "Dicionário das Batalhas Brasileiras" de sua autoria, em quatro meses recebeu quatro prêmios, elegendo-o para o Instituto de Geografia e História Militar do Brasil e Academia de História Militar Terrestre do Brasil. Hernâni Donato foi presidente do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo em duas gestões e também presidente da Academia Paulista de Letras.

Todos os seus livros possuem diversas edições. Hernâni sempre contou com o apoio de sua esposa e musa, Nelly, incentivadora e revisora dos seus trabalhos.

Este paulista de Botucatu faleceu em São Paulo, na data de 22 de novembro de 2012.

Durante os doze anos em que editei a Revista Santos – Arte e Cultura, Hernâni Donato foi assíduo colaborador de que muito me orgulho assim como de outra afinidade: nós dois éramos aviadores, tendo sido ele instrutor do Aeroclube de São Paulo (Capital).

Fonte:
Cláudio de Cápua. Retrovisor: crônicas. 1.ed. Santos/SP: Publicação Mônica Petroni Mathias, 2021.
Livro enviado pelo escritor.

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