quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

Silmar Böhrer (Croniquinha) – 39 –

A escrita?

Gosto de apascentar a escrita. Penso e penso, escrevo, reescrevo, leio e leio, releio, releio, e no caminho ponho todos no seu lugar, os mais importantes, os menos - indagações, palavras, vírgulas, pontos e vírgulas, dois pontos, exclamações, reticências . . . Estas conduzem (ideias). E nos vamos, tantas vezes, pelos caminhos do insondável, onde tudo se busca e nada se encontra. A jornada dos escreveres tem semelhanças com as veredas dos viveres - garimpamos com ardor e mesmo na dor nos realizamos.

Escrever é bem como a vida, ser simples, claro, direto, objetivo. Dizia o mestre Drumond:  "Escrever é cortar palavras". E escreveu o mineiro Graciliano : "Escrever é rasgar, rasgar, e rasgar".

O mister das palavras não tem mistérios, cada um com suas interpretações, e o ideal de um texto está calcado antes de mais nada na leitura - que é busca, investimento, saber.
Ela dá desenvoltura e liberdade para as ideias.

O restante é com o escritor, que põe o sentimento, a capacidade e o esmero no texto. E lembro o francês Buffon: "O estilo é o homem".

Fonte:
Texto enviado pelo autor.

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