O motorista Marcão havia há pouco tempo saído da manobra ou escolinha. Como é de praxe na empresa Ingá, foi posto para trabalhar no sereno ou bacurau (o turno da madrugada}, para ganhar experiência.
Em mais uma noite de serviço, após rodar pra lá, rodar pra cá, lá pelas cinco da manhã, nosso amigo Marcão, homem tímido porém mulherengo, segue sonolento, carro vazio, já em sua última viagem. A linha é a 24, Palmeiras x Gragoatá. O dia começava a clarear, e Marcão apagou as luzes do salão, deixando o carro na penumbra.
Chegando em frente ao Plaza Shopping, no sentido de quem ia para o bairro do Gragoatá, àquelas horas, tranquilo e deserto, uma mulher dá sinal. Marcão para, abre a porta, ainda sonolento e desinteressado. A moça passa na roleta. Ao perceber que não havia outros passageiros no veículo, ela diz:
- Carro vazio, hein! Que legal. Bom para namorar... E aí, como você vai querer que eu pague a passagem, no dinheiro ou... Quer fazer alguma outra coisa?
Ao ouvir tal pergunta indiscreta, nosso sonolento e tímido Marcão deu como que um pulo no banco, entre assustado e já eriçado. Pensou em seu coração;
- É hoje! É hoje que eu tiro o atraso!
Já prestes a responder à moça, Marcão, agora sim bastante interessado, acende as luzes do salão e olha bem para a menina, pelo espelho retrovisor. Era bonita, a danada! Mas Marcão nota algo estranho, olhando para o pescoço dela: a "moça" possui um enorme pomo-de-adão, um enorme gogó, como se diz. Bem, para um bom entendedor, um pomo basta: aquilo significava que aquela Coca-Cola era Fanta, que aquela égua era na verdade um cavalo: um tremendo traveco...
Já murchinho em seu banco, Marcão respondeu:
– Dinheiro mesmo...
Em mais uma noite de serviço, após rodar pra lá, rodar pra cá, lá pelas cinco da manhã, nosso amigo Marcão, homem tímido porém mulherengo, segue sonolento, carro vazio, já em sua última viagem. A linha é a 24, Palmeiras x Gragoatá. O dia começava a clarear, e Marcão apagou as luzes do salão, deixando o carro na penumbra.
Chegando em frente ao Plaza Shopping, no sentido de quem ia para o bairro do Gragoatá, àquelas horas, tranquilo e deserto, uma mulher dá sinal. Marcão para, abre a porta, ainda sonolento e desinteressado. A moça passa na roleta. Ao perceber que não havia outros passageiros no veículo, ela diz:
- Carro vazio, hein! Que legal. Bom para namorar... E aí, como você vai querer que eu pague a passagem, no dinheiro ou... Quer fazer alguma outra coisa?
Ao ouvir tal pergunta indiscreta, nosso sonolento e tímido Marcão deu como que um pulo no banco, entre assustado e já eriçado. Pensou em seu coração;
- É hoje! É hoje que eu tiro o atraso!
Já prestes a responder à moça, Marcão, agora sim bastante interessado, acende as luzes do salão e olha bem para a menina, pelo espelho retrovisor. Era bonita, a danada! Mas Marcão nota algo estranho, olhando para o pescoço dela: a "moça" possui um enorme pomo-de-adão, um enorme gogó, como se diz. Bem, para um bom entendedor, um pomo basta: aquilo significava que aquela Coca-Cola era Fanta, que aquela égua era na verdade um cavalo: um tremendo traveco...
Já murchinho em seu banco, Marcão respondeu:
– Dinheiro mesmo...
Fonte:
Ron Letta (Sammis Reachers). Rodorisos: histórias hilariantes do dia-a-dia dos Rodoviários. São Gonçalo: Ed. do Autor, 2021.
Livro enviado pelo autor.
Ron Letta (Sammis Reachers). Rodorisos: histórias hilariantes do dia-a-dia dos Rodoviários. São Gonçalo: Ed. do Autor, 2021.
Livro enviado pelo autor.
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