quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 377)


Uma Trova Nacional

Os desertos mais incríveis
que, na vida, ultrapassei
foram sonhos impossíveis
que eu quase concretizei!...
–MARIA NASCIMENTO/RJ–

Uma Trova Potiguar

A negritude das tranças,
dos teus cabelos, querida,
hoje é parte das lembranças
da aurora de nossa vida.
–MARCOS MEDEIROS/RN–

Uma Trova Premiada

2010 - CTS-Caicó/RN
Tema: OCASO - 7º Lugar

Vivo, no ocaso, otimista
pois, quando o sol vai-se embora,
vejo o pincel de um Artista
pondo, em meu céu... tons de aurora...
–MARINA BRUNA/RJ–

Uma Trova de Ademar

Quem se entrega a solidão
e dela se faz refém,
anda em meio à multidão
mas não enxerga ninguém!
–ADEMAR MACEDO/RN–

...E Suas Trovas Ficaram

Partiste, chorando tanto,
no teu rumo, oposto ao meu,
que, solidário ao teu pranto,
o céu fechou-se... choveu...
–ALOÍSIO ALVES DA COSTA/CE–

Simplesmente Poesia


–ANTONIO M. A. SARDENBERG/RJ–

A ferro e fogo fez minha ferida.
Fingi ser forte, embora sendo fraco,
perdi a rota, o rumo da vida...
cristal partido, agora sou um caco!

Lancei o laço em busca da presa,
fera indefesa, que se fez tão forte,
fugiu de mim com tanta sutileza!
Fiquei perdido como nau sem norte...

Senti na carne o tanger da lança,
ouvi calado o ranger dos dentes,
e foi-se assim toda a esperança:
fazer–te minha – minha tão somente!

Estrofe do Dia

Meu irmão pode entrar que a casa é sua
pois aqui todos nós somos irmãos
nos abrace e aperte as nossas mãos
que assim nossa fé se perpetua;
o rebanho de cristo continua
nesse aprisco que agora é todo meu,
faça aqui entre nós seu apogeu
tome conta das chaves da matriz;
o rebanho de Cristo está feliz
com o novo pastor que recebeu.
–SEBASTIÃO DA SILVA/PB–

Soneto do Dia

AMIZADE.
–HAROLDO LYRA/CE–

Depois de salpicada uma amizade,
Por leve farpa num fugaz momento,
Traz o fato, humana realidade,
Carência de afeto e entendimento.

Se à prosa que se faz se põe maldade,
Perde, a amizade, o doce encantamento.
Há de perder também sinceridade
E lesto se avizinha o rompimento.

Mas, valham as que têm, irrelevante,
O dardo que feriu por um instante
Involuntariamente a fidalguia.

Nisso, aquela que impõe severa norma,
Inexoravelmente se transforma
Em triste olá de falsa cortesia.

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