SONETO A CAMILLE SAINT-SAËNS
– In Memoriam –
Nascimento do compositor em 9.10.1835 - Paris
Posso escutar de Camille Saint-Saëns,
a Sinfonia de número três,
depois vem Sansão e Dalila ardente,
preenchendo o dia claro, resplendente...
Ainda Marcha Militar Francesa,
peça musical de rara beleza,
e Dança Macabra, finalmente,
e o meu lazer se torna transcendente.
Vocação precoce, pois aos dois anos
e meio, interessou-se por pianos,
e como havia um em seu doce lar,
gostava de com as teclas brincar;
aos sete já compunha, com talento,
pequenas peças de enternecimento...
SONETO A GIUSEPPE VERDI
– In Memoriam –
Nascimento do compositor italiano em 10.10.1813
Hoje quero escrever um verso nobre
que celebre o genial compositor;
advindo de uma infância humilde e pobre,
à sua arte dedica todo o amor...
Bem cedo, sua vocação descobre
e põe-se à luta com viril ardor;
por isso, a enfrenta, sem que força sobre
para desempenhar outro labor !
Giuseppe Verdi, de Nabuco e Aída,
Rigoletto e Traviata, Trovatore,
as quais glorificaram sua vida...
Ninguém atinge tanto aos corações,
como essas óperas pienas d´ amore,
suscitando as mais altas emoções...
SONETO A VINÍCIUS DE MORAES
– In Memoriam –
– Nascimento do poeta em 19.10.1913
Quando nasceu Vinícius de Moraes
trouxe consigo a chama da poesia,
pra celebrar as musas, dia a dia,
até o fim com versos geniais...
Poeta da Paixão e da magia
de conquistar mulheres especiais,
compondo seus sonetos sensuais,
viveu intensamente na boemia.
Nesta data do seu aniversário
há que lembrar-se: “Eu sei que vou te amar...”
E assim nesse romântico cenário
ouvir “Soneto da Fidelidade”,
na voz do poetinha a declamar
com tanto romantismo e intensidade !
SONETO A ARTHUR RIMBAUD
– In Memoriam –
– Nascimento do poeta em 20.10.1854 –
Jovem poeta que parou bem cedo
de fazer versos plenos de emoção...
Soneto de “Vogais” em cujo enredo
cada uma tem a significação.
Sua obra não foi simples arremedo
de alguém que pensa apenas na ilusão;
não se sabe do enigma nem do medo
de a poesia dar continuação...
O certo é que depois, quando indagado
se era parente de Rimbaud, dizia:
“Eu nunca ouvi falar !” E assim calado
continuou pelo resta da vida, só,
com sua nova e vã filosofia
em que se sabe que seremos pó !
SONETO A ALPHONSE DE LAMARTINE
– In Memoriam –
– Nascimento do poeta em 21.10.1790 –
Recordo-me do seu poema “Outono”,
que o Irmão Érico, enfaticamente,
lia alto, na aula, com tamanho entono,
que despertava a comoção na gente...
Saudava a natureza, tristemente,
como se a visse ficar no abandono
pela queda das folhas, de repente,
ao reclinar pra o derradeiro sono!
Nesse cálice em que bebia a vida,
talvez, houvesse uma gota de mel,
após ter sorvido néctar e fel...
Na multidão uma alma desconhecida,
quem sabe, o compreendesse com bondade
e lhe desse, afinal, felicidade !...
Fonte:
Sonetos enviados pelo autor
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