sábado, 22 de outubro de 2011

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 372)


Uma Trova Nacional

À pergunta formulada,
respondo quase que à-toa:
- Para que boa empregada ?
Eu quero é empregada "boa" !!!
–ANTÔNIO COLAVITE FILHO/SP–

Uma Trova Potiguar

A moça livre afugenta,
democracia futura;
sabendo que um dia enfrenta
regime da “dita dura”.
–ZÉ DE SOUSA/RN–

Uma Trova Premiada

2010 - Curitiba/PR
Tema: PIJAMA - M/H

Dois pijamas, dialogando,
no varal dependurados:
- À noite, estão nos usando...
pra quê, se acordam pelados?
–DORALICE GOMES DA ROSA/RS–

Uma Trova de Ademar

Não peço vaga, nem rogo,
nos “rachas” lá da varzinha;
em toda pelada eu jogo,
mas, porque a bola é minha!
–ADEMAR MACEDO/RN–

...E Suas Trovas Ficaram

Eu, entre viras e viras,
no boteco, noite e dia,
vou só pescando as mentiras
dos que vão à pescaria.
–COLBERT RANGEL COELHO/MG–

Simplesmente Poesia

GLOSA:
Você querendo ser cão,
no inferno é bom demais!

MOTE:
Todo mundo tem função,
mulher? É só o que tem.
Lá se vive muito bem
você querendo ser cão.
“Transar”, lá é devoção,
cada um que transa mais,
os direitos são iguais,
todo cão tem seu emprego,
toda noite tem chamego...
No inferno é bom demais!
–AUGUSTO MACEDO/RN–

Estrofe do Dia

O meu currículo de garanhão,
eu confesso, até triste, foi modesto,
se eu parar para fazer um aresto,
confesso: Não foi só decepção.
Mulheres lindas, mas também, “canhão”,
umas, só “fiquei”, outras eu amava.
Uma feia de pseudônimo, Java,
era tão feia a danada da “criôla”,
que toda vez que cortava uma cebola,
era a pobre cebola quem chorava.
–FRANCISCO MACEDO/RN–

Soneto do Dia

Barbeiro.
–HAROLDO LYRA/CE–

Eis o barbeiro com afinco e altivez
restaurando a aparência masculina.
Trazendo à destra mão tesoura fina
com que corta a cabeleira do freguês.

Pega da navalha e a cadeira inclina
e a barba faz com muita rapidez,
embora haja um gemido toda vez
quando ele corta a pele e não a “crina”.

Passa talco e o perfume que inebria.
um novo penteado o mestre cria
com o talento que traz o salão cheio.

Chamá-lo de barbeiro é apelido
principalmente quando é compelido
criar feição bonita um macho feio.

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