terça-feira, 18 de outubro de 2011

Ronaldo Balbacch (Poesias Avulsas)


UM DIA!

Um dia, vou escrever algo,
Que percorra o mundo...
Que todos falem de mim...
E saibam a importância da vida.

Letras perfeitas, sem ódio,
Que sejam boas para todos
E reflitam nas quadras o amor
Força maior da nossa existência.

Para um dia ser lembrado...
Com um ser humano bom
Que deixou um belo legado
Algo para as futuras gerações.

Talvez este seja o maior sonho
Difícil de concretizar, num mundo
Complexo, conflitante, impossível...
Porque não se consegue agradar a todos.

Além da massificação das idéias
E dos ideais mundanos...
A globalização cria em tempo real
Um verdadeiro reduto de solidão.

A multidão de amigos internautas...
Oculta a solidão que existe atrás da tela
Fatores que fazem o mundo irreal e fantasioso...
Um dia vou escrever algo que seja melhor que isso!

São Paulo – SP, 16 de outubro de 20011

DESEJOS DE AMOR INSACIADOS!

Quando tuas mãos tocavam as minhas
Eu sentia o calor dos doces carinhos
Que flutuavam qual abelha rainha
Na flor rubra, doce, sem espinhos.

A maciez dos teus lábios deleitava,
O mais puro, verdadeiro, e único amor.
Tua veste sensual encantava...
Desejos de tocar as pétalas da preciosa flor.

Sempre busquei o amor terra afora...
No lugar dos sonhos, encontrei pesadelos,
Sobram recordações, e doçura de outrora,
Porque não sinto o toque suave dos teus cabelos.

Flutuo pelas vagas desse imenso mar
Com espinhos presos n’alma
Não esqueço o teu olhar...
O gosto dos teus beijos que a boca inflama.

Provei do mais puro licor da vida
O saboroso, mais precioso, e doce vinho...
O ouro da flor do trigo prometida...
Nos eternos momentos de carinho...

Conheci lugares, percorri o mundo
Sem perder a vontade de revê-la
E num mergulho eterno e profundo...
Sentir o teu brilho de estrela.

Saciar a boca sedenta pelo beijo
Que possui o gosto do pecado...
Voltar e realizar esse desejo...
No campo de um amor eternizado.

Os dias, a primavera, e as belas flores,
Rejuvenescem os sonhos delicados...
Na imortalidade, de um amor de quereres,
Há muito mais que saudade, há desejos insaciados!
São Paulo-SP, 10 de outubro de 2011

AVE DE RAPINA!

Quando tuas mãos tocavam as minhas
Eu sentia o calor dos doces carinhos
Que flutuavam qual abelha rainha
Na flor rubra, doce e sem espinhos.

Na maciez dos teus lábios deleitava,
O verdadeiro e único amor.
Em veste sensual me encantava
Ao toque das pétalas da preciosa flor.

Busquei o amor terra afora...
Em sonhos encontrei pesadelos...
Porém descubro a tua doçura agora
Que não sinto o toque dos teus cabelos.

Flutuando pelas vagas desse mar
Vejo que pregaste em minha alma
A profunda marca do teu olhar...
O teu cheiro impregnado tira-me a calma

Me deste o puro licor da vida
O sabor do mais doce vinho...
O ouro da flor do trigo, querida,
Momentos inesquecíveis de carinho...

Se eu houvesse percorrido o mundo
Ainda, assim, voltaria para revê-la
Por um único mergulho profundo
No teu mar de profundeza bela.

Como outrora havia tocado...
Minha boca sedenta pelo amor
Que possui o gosto do pecado...
E a ânsia louca de tocar na tua flor.

Nessa primavera vejo flores
De perfumes doces e delicados...
Saudade profunda dos amores
Que há muito deixei no passado...

Talvez seja uma ave que perdeu o carinho...
Que nunca mais repousará no meu leito...
Qual ave rapina que cruza o caminho...
Para arrancar da presa o coração do peito!

EU TE AMO SECRETAMENTE!

Eu te amo como se essa fosse a ultima vez
Ou se o entardecer fosse o fogo a queimar
Brasa ardente que consome minha palidez...
Quando o coração inutilmente tenta te alcançar.

Te amo como se fosse a ultima rosa do jardim,
De orvalho molhada ao alvorecer da primavera
Esse amor, secreto, sem inicio, meio ou fim,
Apenas o sentir d’alma, que desejo gera.

Não sei como tudo começou, apenas, sinto o amor,
Que devora as entranhas do meu ser, já sem calma,
Entre a espera e a chegada há lagrima de dor...
Porque dentro de mim te ocultas flor sem alma.

Te amo como o dia, em que o sol se esconde,
E leva escondida a luz que daria brilho a vida,
Sem mais brilhos, o coração não responde,
Inerte sem o devido impulso nada brinda.

Eu te amo mesmo sem saber do amanhã
Porque o teu amor é noite em meu mundo
Tua sombra, secreta, vaga e vã...
Uma miragem no deserto profundo.

Estás perto quando os meus olhos cerram
E quando abro os olhos percebo a distância
Nem de noite ou de dia, os sonhos param.
Sou o menino que perdeu a infância.

E deixou que seus brinquedos quebrassem...
Sem graça vivo esse amor juvenil, puro do amante,
Na espera que nossos corpos se abracem.
Assim te amo na espera de um dia encontrar-te.

Fonte:
Unión Hispanoamericana de Escritores (UHE)

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