1
Infância, um eterno impasse
que ninguém pode explicar:
A gente anseia que passe,
quando passa, quer voltar!
2
Porteira da minha infância,
ao recordar-te enlevado,
meu sonho encurta a distância
entre o presente e o passado!
3
Na infância, tempo risonho,
de mágoas nada entendia,
e armei balanços de sonho
nos galhos da fantasia!
4
Ao definir a distância,
o tempo errou na medida;
Fez tão curta a minha infância,
e a velhice tão comprida!
5
O meu cabelo grisalho
mostrou-me sem que eu pedisse,
que a juventude é um atalho
que vai da infância à velhice!
6
Na infância, festa de cores,
tudo era encanto e magia...
e eu via muito mais flores,
além das tantas que havia!
7
Na mente novos enredos
roubam do sonho a importância...
e o tempo estalando os dedos
quebra a magia da infância!
8
O mundo bom que eu previa,
na infância - doce quimera...
Hoje eu sei que era utopia...
mas nos meus sonhos não era!
9
Faz tempo... na velha estância,
por desvarios levado,
pulei a cerca da infância
- e me perdi do outro lado!
10
Culpo da vida a inconstância
pelos problemas que arruma;
faz mil promessas à infância,
depois não cumpre nenhuma!
11
Na infância que se perdeu
deixando lembrança doce,
o mundo não era meu
- mas era como se fosse!
12
Cenas da infância bendita
em minha mente gravei...
Hoje, o sonho põe a fita
e a saudade aperta o “Play”!
13
Volta a lembrança fagueira
cruzando tempo e distância:
mamãe regando a roseira
que perfumou minha infância!
14
Na minha volta sem graça
sinto tristeza e revolta...
por que eu volto à velha praça,
mas minha infância não volta!
15
Sonhando sonhos distantes,
envolta num doce enleio,
minha infância foi o ‘antes’
de um ‘depois’ que nunca veio!
16
De mamãe tinha os abraços,
e assim não tinha importância
que fossem pobres e escassos
os meus brinquedos da infância!
17
Teve em toda a minha história
papel de grande importância
o sítio que na memória
eternizou minha infância!
18
“Não saia” a infância dizia
“para evitar que se perca...”
e o sonho peralta, um dia,
debandou, pulando a cerca!
19
Na infância, tempo fagueiro,
aos meus olhos parecia
primavera o ano inteiro,
feriado todo dia!
20
Ouço um tropel de boiada,
olho a estrada, olho a distância...
Mas o som não vem da estrada...
É tropel que vem da infância!
Infância, um eterno impasse
que ninguém pode explicar:
A gente anseia que passe,
quando passa, quer voltar!
2
Porteira da minha infância,
ao recordar-te enlevado,
meu sonho encurta a distância
entre o presente e o passado!
3
Na infância, tempo risonho,
de mágoas nada entendia,
e armei balanços de sonho
nos galhos da fantasia!
4
Ao definir a distância,
o tempo errou na medida;
Fez tão curta a minha infância,
e a velhice tão comprida!
5
O meu cabelo grisalho
mostrou-me sem que eu pedisse,
que a juventude é um atalho
que vai da infância à velhice!
6
Na infância, festa de cores,
tudo era encanto e magia...
e eu via muito mais flores,
além das tantas que havia!
7
Na mente novos enredos
roubam do sonho a importância...
e o tempo estalando os dedos
quebra a magia da infância!
8
O mundo bom que eu previa,
na infância - doce quimera...
Hoje eu sei que era utopia...
mas nos meus sonhos não era!
9
Faz tempo... na velha estância,
por desvarios levado,
pulei a cerca da infância
- e me perdi do outro lado!
10
Culpo da vida a inconstância
pelos problemas que arruma;
faz mil promessas à infância,
depois não cumpre nenhuma!
11
Na infância que se perdeu
deixando lembrança doce,
o mundo não era meu
- mas era como se fosse!
12
Cenas da infância bendita
em minha mente gravei...
Hoje, o sonho põe a fita
e a saudade aperta o “Play”!
13
Volta a lembrança fagueira
cruzando tempo e distância:
mamãe regando a roseira
que perfumou minha infância!
14
Na minha volta sem graça
sinto tristeza e revolta...
por que eu volto à velha praça,
mas minha infância não volta!
15
Sonhando sonhos distantes,
envolta num doce enleio,
minha infância foi o ‘antes’
de um ‘depois’ que nunca veio!
16
De mamãe tinha os abraços,
e assim não tinha importância
que fossem pobres e escassos
os meus brinquedos da infância!
17
Teve em toda a minha história
papel de grande importância
o sítio que na memória
eternizou minha infância!
18
“Não saia” a infância dizia
“para evitar que se perca...”
e o sonho peralta, um dia,
debandou, pulando a cerca!
19
Na infância, tempo fagueiro,
aos meus olhos parecia
primavera o ano inteiro,
feriado todo dia!
20
Ouço um tropel de boiada,
olho a estrada, olho a distância...
Mas o som não vem da estrada...
É tropel que vem da infância!
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