Uma Trova de Ademar
O Pantanal se engalana,
mas eu mesmo desconfio;
que até a própria chalana
sente ciúmes do rio.
–ADEMAR MACEDO/RN–
Uma Trova Nacional
Pela janela indiscreta,
ante uma cena de amor,
a lua, sem ser poeta,
tenta um poema compor!
–CAROLINA RAMOS/SP–
Uma Trova Potiguar
Para salvar inocentes
das garras dos marginais,
Deus põe traços diferentes
nas impressões digitais.
–WELLINGTON OLIVEIRA/RN–
...E Suas Trovas Ficaram
Ao partir para a outra vida,
aquilo que mais receio,
é deixar nessa partida,
tanta coisa pelo meio ...
–LUIZ OTÁVIO/RJ–
Uma Trova Premiada
1983 - Nova Friburgo/RJ
Tema: QUASE - Venc.
Retratando o que hoje somos,
vejo agora que restou
do quase dois que nós fomos
o quase nada que eu sou.
–SARA M. KANTER/SP–
Simplesmente Poesia
O Que Tu És Para Mim
–WELTON MELO/PE–
Sou tão feliz por estar contigo,
és meu abrigo, meu porto seguro,
és meu descanso quando estou cansado
és meu passado, presente e futuro.
És na partida a dor da saudade,
és liberdade quando estou detido,
tu és o sopro que me deu a vida
és a saída quando estou perdido.
tu és precisa numa precisão
és a razão por que mudei tanto,
tu és o manto que cobriu Maria
és calmaria que acalmou meu pranto.
Tu és o tudo quando estou no nada
és alvorada pra o amanhecer,
tu és a barra do final da tarde
e Deus me livre de perder você!
Estrofe do Dia
Remexendo os cascalhos da lembrança
pra saber o que eu tinha na verdade,
vi que resta bem menos da metade
do que eu tinha no tempo de criança;
até mesmo um restinho de esperança
meu ingrato destino carregou;
a minha perna esquerda gangrenou
transformando um atleta em aleijado,
quando volto um minuto no passado
vejo tudo o que o tempo me tomou...
–ADEMAR MACEDO/RN–
Soneto do Dia
Maldição
–OLAVO BILAC/RJ–
Se por vinte anos nesta furna escura
deixei dormir a minha solidão
hoje velha e cansada de amargura
minha alma se abrirá como um vulcão.
E em correntes de cólera e loucura
sobre tua cabeça ferverão
vinte anos de silêncio e de tortura,
vinte anos de agonia e solidão.
Maldito sejas pelo ideal perdido
pelo mal que fizestes sem querer,
pelo amor que morreu sem ter nascido,
pelas hora vividas sem prazer;
pela tristeza do que eu tenho sido,
e pelo esplendor que deixei de ser.
Fonte:
Textos enviados pelo Autor
O Pantanal se engalana,
mas eu mesmo desconfio;
que até a própria chalana
sente ciúmes do rio.
–ADEMAR MACEDO/RN–
Uma Trova Nacional
Pela janela indiscreta,
ante uma cena de amor,
a lua, sem ser poeta,
tenta um poema compor!
–CAROLINA RAMOS/SP–
Uma Trova Potiguar
Para salvar inocentes
das garras dos marginais,
Deus põe traços diferentes
nas impressões digitais.
–WELLINGTON OLIVEIRA/RN–
...E Suas Trovas Ficaram
Ao partir para a outra vida,
aquilo que mais receio,
é deixar nessa partida,
tanta coisa pelo meio ...
–LUIZ OTÁVIO/RJ–
Uma Trova Premiada
1983 - Nova Friburgo/RJ
Tema: QUASE - Venc.
Retratando o que hoje somos,
vejo agora que restou
do quase dois que nós fomos
o quase nada que eu sou.
–SARA M. KANTER/SP–
Simplesmente Poesia
O Que Tu És Para Mim
–WELTON MELO/PE–
Sou tão feliz por estar contigo,
és meu abrigo, meu porto seguro,
és meu descanso quando estou cansado
és meu passado, presente e futuro.
És na partida a dor da saudade,
és liberdade quando estou detido,
tu és o sopro que me deu a vida
és a saída quando estou perdido.
tu és precisa numa precisão
és a razão por que mudei tanto,
tu és o manto que cobriu Maria
és calmaria que acalmou meu pranto.
Tu és o tudo quando estou no nada
és alvorada pra o amanhecer,
tu és a barra do final da tarde
e Deus me livre de perder você!
Estrofe do Dia
Remexendo os cascalhos da lembrança
pra saber o que eu tinha na verdade,
vi que resta bem menos da metade
do que eu tinha no tempo de criança;
até mesmo um restinho de esperança
meu ingrato destino carregou;
a minha perna esquerda gangrenou
transformando um atleta em aleijado,
quando volto um minuto no passado
vejo tudo o que o tempo me tomou...
–ADEMAR MACEDO/RN–
Soneto do Dia
Maldição
–OLAVO BILAC/RJ–
Se por vinte anos nesta furna escura
deixei dormir a minha solidão
hoje velha e cansada de amargura
minha alma se abrirá como um vulcão.
E em correntes de cólera e loucura
sobre tua cabeça ferverão
vinte anos de silêncio e de tortura,
vinte anos de agonia e solidão.
Maldito sejas pelo ideal perdido
pelo mal que fizestes sem querer,
pelo amor que morreu sem ter nascido,
pelas hora vividas sem prazer;
pela tristeza do que eu tenho sido,
e pelo esplendor que deixei de ser.
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Textos enviados pelo Autor
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