sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Sergio Sant’anna (1941)


Nasceu no Rio de Janeiro, em 30 de outubro de 1941.

Muda-se para Belo Horizonte, em 1959, e ingressa na Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais, formando-se em 1966.

Cursa pós-graduação, entre 1967 e 1968, no Instituto de Ciências Políticas da Universidade de Paris.

À época, viaja também a Praga, República Tcheca, testemunhando os eventos deram fim à "Primavera de Praga", movimento que restituía liberdades democráticas em pleno regime soviético.

Reconhecido como um dos melhores contistas brasileiros, despontou como escritor promissor no primeiro livro, O sobrevivente (1969), que o credenciou para participar do “Writing Program”, da Universidade de Iowa (EUA), no período entre 1970 e 1971. Essa estada aprimorou o estilo do autor, conforme demonstrado no livro seguinte, Notas de Manfredo Rangel, repórter (1973).

Volta a viver no Rio de Janeiro em 1977, ano em que integra o corpo docente da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), permanecendo até 1990.

Foi criado no meio da literatura de vanguarda, experimental, com a ambição, segundo ele mesmo, “nada modesta de destruir as formas romanescas”. Essa intenção se evidencia nos primeiros romances Confissões de Ralfo (1973) e Simulacros (1977). Mas, em 1982, o autor deu uma virada em sua literatura iniciando com O concerto de João Gilberto no Rio de Janeiro e consolidando com Amazona (1986). Nunca foi best-seller, mas mantém um público de leitores fiéis.

A partir de então, passa a se dedicar exclusivamente à literatura, atuando ainda como colunista do jornal O Dia e colaborando para diversos veículos da imprensa, como a revista Cult e os cadernos literários dos jornais Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo e Jornal do Brasil.

Em 1989, lançou A senhora Simpsom, bem aceito pela crítica e pelo público, pois vendeu mais de seis mil exemplares.

Os lançamentos seguintes, Breve história do espírito (1991) e O monstro (1994), realçaram a sofisticação do autor, “quebrando regras, ampliando contornos, questionando os limites do conto, em busca de uma nova maneira de narrar”. Em 1997, lançou duas obras simultaneamente pela Cia. das Letras: Contos e Novelas reunidos e Um crime delicado.

Em 2008, depois de 40 anos, volta a Praga, para escrever O Livro de Praga: Narrativas de Amor e Arte, lançado em 2011, que integra o projeto Amores Expressos, criado pela editora Companhia das Letras.

Seus livros são estudados nas universidades, alguns traduzidos no exterior. Recebeu o Prêmio Jabuti três vezes: em 1982, 1986 e 1997.

Passou seis anos sem publicar, escrevendo a passo de tartaruga, e lançou O vôo da madrugada (2003), reunindo contos e uma novela. Vive num modesto apartamento no bairro Laranjeiras (Rio de Janeiro), no mesmo quarteirão onde vive a artista plástica Cristina Salgado. Mas não moram juntos, namoram. Lançamento mais recente: O livro de Praga (Cia. das Letras, 2011).

Fontes:
http://www.tirodeletra.com.br/biografia/SergioSantAnna.htm
Itau Cultural

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