Há males que vêm para o bem, diz a expressão que anda na boca e nas ideias de muita gente. Dobra esquinas, passa nas encruzilhadas, invade sentimentos, navega em muitas águas, resiste ao tempo porque o dizer é sempre lembrado muitos dias e noites tantas.
Começando o ano terminei a leitura do livro com título sugestivo, " É HORA DE MUDARMOS DE VIA ", do pensador Edgar Morin, que festeja cem anos em julho próximo.
Nele o escriba faz um apanhado das vicissitudes dos últimos cem anos - da época em que nasceu até nossos dias. Abre o volume falando da gripe espanhola, passando pelas várias crises mundiais - econômicas, sociais, intelectuais, ecológicas, chegando à pandemia atual (que chamei desde o começo de pandemônio).
O ser humano é gregário por natureza, mas nos perdemos ao longo do tempo com o corre-corre que gera individualismo e chega ao egoísmo. A sede de querer e ter mais nos fez esquecer as lições do TAO, por exemplo, que nos ensina que somos unidades a partir de nós mesmos, como também somos unos nos envolvendo com todos os seres. Devemos então viver em harmonia e cuidar do nosso mundo sendo unidades em pensares e ações.
Nos capítulos finais do livro Morin nos põe a refletir nas lições da pandemia e nos desafios que temos pela frente - existenciais, econômicos, sociais, incertezas de toda ordem para o futuro. O livro é pertinente, oportuno, elucidante.
Fazemos reformas na casa, no carro, no jardim. Que tal uma mexida nos hábitos, costumes e pensares ?
"MUDAR DE VIA . . ." ! Recomendo.
Fonte:
Texto enviado pelo autor.
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