domingo, 14 de fevereiro de 2021

Daniel Maurício (Devaneios Poéticos) – 6 –


Abraça-me como se teu mar eu fosse
Brinca com minhas cores
Na morenice do teu ser
Descansa na esteira dos meus versos
E a ansiedade numa rede preguiçosa faça adormecer
À sombra das nuvens
Refresca o teu olhar no horizonte
De mãos dadas com o agora, sem promessas, sem depois
Silencia meus desejos em tua boca
Que a voz rouca em teus ouvidos seja uma inspiração
Deixa o nosso cheiro ir com o vento
E que nossos corpos se tornem em um só templo
Ao som do sino entre canções
Acredita que eu sou o teu amor pra vida inteira
E não somente uma paixão passageira
Ou quem sabe um simples deslize de verão.
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =

Ela
Entregou o seu coração
Mas ele
Não tinha onde guardar.
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =

… E tem umas horas boas
Na vida da gente,
Que dá vontade de pausar o tempo
Com muitas vírgulas,
Saboreando gole a gole,
Sem pressa alguma
De que chegue o ponto final.
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =

Havia tanta doçura em seu olhar
Que até os beija-flores
Faziam fila.
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =

Muitos caminhos a seguir
Mas meus pés viciados e desobedientes,
Até nos sonhos,
Só sabem percorrer o teu.
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =

Na escuridão
Estrelas brilham
Nos olhos do gato.
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =

Na sua trilha
Sempre parto
Na chegada
Me reparto
Pra caber em mim
Mais um pouquinho de você.
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =

Na tempestade dela
Fui amor
Fui calmaria
Mas quem diria
Na minha tempestade
Foi-se até a amizade
E ela foi dor
Foi furacão.
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =

O apito longínquo no passado
Ainda estremece o peito.
Fecho os olhos
E o trem estacionado na memória
Parte devagarinho
Carregado de lembranças.
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =

Platônico

Ela dizia
Que gostava do mar
Porque o mar era tanto, imenso...
Mal sabia ela
Que o meu amor por ela
Era ainda muito mais.
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =

Quando nasci
Um anjo me disse:
Vá! Seja feliz.
E foi o que fiz
Não fiquei juntando pedras
Corri atrás do vento.
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =

Sou abelha
Borboleta
Beija-flor.
Comigo
Levo de ti um pouco
Mas te deixo
Todo o meu amor.

Fonte:
Facebook do poeta.

Nenhum comentário: