sábado, 18 de novembro de 2023

Silmar Böhrer (Croniquinha) 97

Ventos ventaram loucamente, o céu escureceu, negro negrume, primeiros pingos que se avolumaram e então o toró d'água. A galharia agitada, pássaros em pânico a piar, as calhas jorrando.  

O aguaceiro invadiu o anoitecer, assustou rosas e gerânios, encharcou os gramados, enquanto o ribeiro começou a roncar e a cascatinha ensaiou uma sinfonia da chuva. 

A ribalta, raios, relâmpagos. Sons e luzes na madrugada. Seres insones. Silêncio. Clareia a sexta quando Aurora desperta recebendo o amanhecer para outro dia de trabalho.

O sol desponta no horizonte.

Fonte: Texto enviado pelo autor 

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