Em sua tribo, a jovem e bela Ponaim vivia em imensa liberdade. Corria feliz pelos prados e campos, amava a beleza das matas, deliciando-se nas águas dos rios e lagoas. Mas tudo isto não lhe bastava. Seu maior prazer era despertar paixões nos jovens, desprezando-os depois.
Anhurawi, forte guerreiro, por ela se apaixonou. Para por em prova seus sentimentos, Ponaim pediu ao rapaz que lhe trouxesse um admirável e cobiçado cervo que havia naquelas campinas, o cervo Berá, animal de rara beleza e grande agilidade. Prometeu-lhe que se casaria com ele e que a pele do animal seria o forro do seu leito nupcial.
Mesmo sabendo das dificuldades que encontraria, Anhurawi partiu em busca do cervo.
Ao avistá-lo, o guerreiro usou de toda a sua força e astúcia, mas não conseguiu capturá-lo. Sendo muito veloz, o cervo fugiu em direção ao abismo da gruta do Caverá, atirando-se na lagoa Parobé.
Anhurawi o seguiu e ambos acabaram por desaparecer.
Desde aquele dia, a bela Ponaim, tomada de profunda tristeza e arrependimento, caminha pela beira da lagoa e lá permanece até o anoitecer, esperando que algum dia Anhurawi volte para ela, trazendo-lhe nos braços a pele do cervo Berá.
Fonte> Adaptação do Texto de Jayhr Gael in O Caminho de Wicca - http://www.caminhodewicca.com.br (desativado). acesso em 13/10/2023.
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