segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024

Mitos Indígenas (Tucumã - O surgimento da noite)

No início não existia a noite. Esta pertencia a uma enorme serpente, que a mantinha no fundo das águas. 

Quando a filha desta se casou, exigiu que viesse a noite, sem a qual não poderia se deitar. O esposo então avisou três mensageiros para que a trouxessem. 

A serpente, senhora da noite, recebeu-os com indiferença. Mesmo assim, entregou-lhes um coco, Tucumã, lacrado com cera de abelha, dizendo-lhe que ali estava o que vieram buscar. Não deveriam entretanto abri-lo, pois a noite poderia escapar. 

Na volta, os índios perceberam que do coco saiam ruídos de sapos e grilos. Um deles, o mais curioso, convenceu os companheiros a abrirem o fruto. E assim o fizeram. 

Logo que derreteram a cera, a noite saiu através do coco, escurecendo o dia. 

A filha da serpente aborreceu-se, pois agora ela deveria descobrir como separar o dia da noite. Desta forma, ao surgir a grande estrela da madrugada, criou o pássaro Cujubim, ordenando que este cantasse para que nascesse a manhã. Em seguida, criou o pássaro Inhambu, que deveria cantar à tarde, até que viesse a noite. Criou ainda os outros pássaros para alegrar o dia, diferenciando-o da noite. 

Aos mensageiros desobedientes, lançou toda a sua ira, transformando-os em macacos de boca preta – devido à fumaça - e risca amarela - pela cera derretida. 

Assim, a filha da serpente pôde finalmente se deitar e todos os seres puderam dormir.
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continua…

Fonte> Adaptação do Texto de Jayhr Gael in O Caminho de Wicca - http://www.caminhodewicca.com.br (desativado). acesso em 13/10/2023.

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