sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 364)


Uma Trova Nacional

Não atires ao desterro
o teu irmão que pecou...
É bom combater o erro,
mas não aquele que errou!
–SELMA PATTI SPINELLI/SP–

Uma Trova Potiguar

A alameda... um vulto amado...
o banco tosco... o jardim...
- e esse orvalho do passado
caindo dentro de mim...
–LUIZ RABELO/RN–

Uma Trova Premiada

1987 - São Paulo/SP
Tema: Prece - M/H

Bem outro seria o clima
se em tantos gritos cruzados,
fosse ouvida, lá de cima,
a prece dos desgraçados!
–DOROTHY JANSSON MORETTI/SP–

Uma Trova de Ademar

Nos momentos mais tristonhos
chega a musa da poesia,
torna reais os meus sonhos
num mundo de fantasia.
–ADEMAR MACEDO/RN–

...E Suas Trovas Ficaram

Somente o grande Arquiteto,
escritor sábio e fecundo,
consegue escrever correto
nas linhas tortas do mundo!
–ALOÍSIO ALVES DA COSTA/CE–

Simplesmente Poesia

O Dito e o Não Dito
–OLGA AGULHON/PR–

As palavras são cruéis e desobedientes;
não são humildes servas.
Fazem-nos cócegas
e depois que saem da boca,
não tornam a ela,
por mais que imploremos;
mas também não vão embora;
ficam ressoando no ar
e nos perseguem para sempre.
Por isso, busco o silêncio;
só ele nos deixa em paz.
As palavras...
prefiro prendê-las no papel.
Se viro a página
ou fecho o livro,
as silencio.
Vingo-me.
Venço.
Torno-me rei.

Estrofe do Dia

Quando Deus me levar pra eternidade
ficará nesta terra a minha cruz,
juntamente com todos meus pecados
pois pecados pra lá não se conduz;
e agradeço ao bom Deus por esta vida
e não quero que chorem na partida,
porque vou para o céu pra ver Jesus!
–ADEMAR MACEDO/RN–

Soneto do Dia

Delírio Lunar
–RACHEL RABELO/PE–

Esta noite me abraça com candura,
sinto o vento faceiro do cortejo,
revelando meu corpo de ternura
entre nuvens do doce relampejo.

Pirilampos beijando com doçura
as estrelas do meu sutil desejo.
São carinhos serenos da ventura
numa troca lunar que me protejo.

Sob a cama do verso que me deito,
entregando meu sonho mais perfeito,
me desnudo no orvalho da paixão.

Entre toques noturnos do querer,
sinto a lua luminosa renascer,
os delírios jorrados pelo chão.

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