Luiz
Franco de Sá Bacellar nasceu em Manaus no dia 4
de setembro de 1928. Depois de passar a infância em Manaus, foi para São Paulo
e lá realizou o antigo curso Colegial. Mais tarde, no Rio, foi bolsista do
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, INPA, quando fez o curso de Aperfeiçoamento
de Pesquisador Social, na área de Antropologia Cultural, no Centro Brasileiro
de Pesquisas Educacionais, sob a orientação do Prof. Darcy Ribeiro. Voltando a
Manaus, exerceu o jornalismo, foi portuário e comerciário, antes de se tornar
Professor de Literatura e Língua Portuguesa no Colégio Estadual D. Pedro II e
Professor de História da Música no Conservatório Joaquim Franco, da
Universidade do Amazonas. Por volta de 1954, sua atividade literária se
intensificou e, juntando-se a um grupo de jovens interessados no
desenvolvimento cultural do Estado, participou da criação do Clube da
Madrugada, cujo nome teria sido por ele sugerido. Com seu livro de estreia, Frauta
de Barro, que só foi editado quatro anos mais tarde, foi laureado em 1959
com o Prêmio Olavo Bilac, conferido pela Prefeitura do antigo Distrito Federal
(Rio de Janeiro), de cuja comissão julgadora fizeram parte Manuel Bandeira e
Carlos Drummond de Andrade.
Seu segundo livro, Sol de Feira,
várias vezes reeditado, recebeu o Prêmio de Poesia do Estado do Amazonas, em
1968.
Um dos fundadores da União Brasileira de
Escritores do Amazonas, estava envolvido com a escrita de poesia desde os doze
anos e teve vários de seus poemas musicados. O poeta, cultor da música e do
desenho, membro da Academia Amazonense de Letras, foi um dos estudiosos do
patrimônio artístico e cultural da cidade de Manaus, onde viveu e trabalhou.
Além dos já citados, é autor de Quatro
movimentos (Manaus, 1975), O Crisântemo de cem pétalas (em parceria com
Roberto Evangelista, Manaus, 1985), Quarteto (Manaus, Valer, 1998) e Satori
(Manaus, Valer, 2000).
Faleceu em 9 de setembro de 2012.