I - A ditadura do dicionário
Poesia versus poema.
De tão antigo, o tema pode parecer ao leitor menos atento um tanto esgotado. Nada mais enganoso. É recorrente escrever, e falar, que fulano lançou um livro de "poesias", sicrano recitou suas "poesias", fulaninha vai lançar um livro de "poesias" etc. Vá ao dicionário e constate: poesia é uma "composição poética de pequena extensão". Até quantos versos, exatamente? - poderá perguntar o leitor cioso das precisões matemáticas e/ou lingüísticas. Não sei. Mas, esqueçamos o que diz o dicionário e caminhemos um pouco por esse movediço e improvável terreno da teoria literária.
Poesia é o gênero literário, subdivisível nas categorias épica, dramática e lírica. Poesia é a experiência cósmica de um poeta, o conjunto de sua obra. Poesia pode ser também o coletivo do fazer poético em um determinado tempo ou espaço. O poema, por sua vez, é, para efeito didático, a unidade que enforma o todo da poesia: é a composição, um conjunto de versos dispostos de maneira arbitrária pelo poeta, obedecendo a cânones preestabelecidos, estando entre estes, inclusive, a desobediência a cânones preestabelecidos!
Poesia e poema são, portanto, dois animais distintos: este vive sem aquela tanto quanto esta não precisa daquele para ser. Um poema sem poesia, então? Claro, digno da lata de lixo mais próxima, mas um poema. E quantos poemas são perpetrados e quantos livros de poemas são editados sem poesia... A contrapartida define um paradoxo insofismável: a poesia é um estado do ser, é contemplação mística, é o i/logismo a serviço do ir/racional - a poesia é. Ponto.
Há uma enorme carga de poesia em Grande Sertão: Veredas, em A Paixão Segundo GH. Há poesia num quadro de Van Gogh, num filme de Herzog, num pôr-do-sol no rio Negro, num fim de tarde em São Paulo, num passo de contradança, e, com o perdão da má palavra, também se encontra poesia num sorriso de criança. Já o poema, o poema-coisa, o poema-com-poesia, traduz em palavras aquilo que o artista-poeta discerniu no ser da poesia: a poesia traduzida em música, a poesia das imagens, a poesia que inventa línguas, remove palavras e fundamenta a linguagem.
A didática do dicionário, já não tenho mais nenhuma dúvida, é um instrumento ideológico de coerção à poesia: ao tentar reduzir o geral dando-lhe a mesma definição, e, por extensão, as mesmas deformações do específico, procura, em verdade, eliminar ou esquecer o caráter arquetípico primordial da poesia - porque é através da palavra que o homem se aproxima do Ser e de si mesmo. Ignorar essa relação é frustrar todo o acúmulo de conhecimento produzido, desde Aristóteles às mais recentes discussões sobre o caráter intersemiótico da poesia.
Para o leitor cúmplice que aceita que poema e poesia são vocábulos cujos significados se interpolam, mas jamais se cruzam, ainda que sejam partes da mesma gênese grega (poesia = fazer, poema = o que se faz), cito um exemplo bem mais prosaico do reacionarismo do dicionário: ao nomear o feminino de poeta como poetisa, diz que esta é uma "mulher que faz poesias". Evidenciada a má fé (a conotação pejorativa para a palavra poetisa), proponho a adoção definitiva do substantivo poeta comum aos dois gêneros. A bênção, tia Cecília Meireles, que, depois do primeiro espanto, me iluminou.
II - Da arte de fingir
Vimos o quanto é pernicioso o uso do dicionário ao pé da letra, ignorando-se sutilezas próprias de uma linguagem mais técnica e, por isso mesmo, menos vulgar. Mas não é só o dicionário que trama contra a poesia. Quando um crítico confunde, deliberadamente, a obra de um poeta com sua biografia, vendo reflexos desta naquela, ele dá demonstrações de nada entender de nada, caindo numa armadilha secular, que pretende ver na poesia, unicamente, manifestações mentais limitadas ao "eu" do poeta.
No ensaio As Três Vozes da Poesia, T. S. Eliot, identifica-as da seguinte forma: a voz do poeta que fala consigo mesmo, ou com ninguém; a voz do poeta ao dirigir-se a uma platéia; a voz do poeta quando cria uma personagem dramática. Eliot, referia-se, respectivamente, à poesia lírica, à épica e à dramática. Como a minha área de interesse é essa coisa indevidamente chamada de "poesia lírica" (tema para uma outra discussão), vou-me ater unicamente, à questão da primeira voz - "a voz do poeta que fala consigo mesmo, ou com ninguém".
Acontece que o ensaio de Eliot, na verdade uma conferência, apresentada em 1953, não traz nenhuma novidade, uma vez que a crítica empobrecedora sempre achou que o poeta lírico fala somente de si mesmo. Isso é de um reducionismo tão estúpido, que é preciso começar explicando o próprio "caso Eliot": longe de se considerar um poeta lírico, menor, via-se, unicamente, como poeta épico e dramático, nessa ordem, o que facilitava enormemente sua visão distorcida de que todo o resto é poesia confessional.
O poeta lírico, é bem verdade, confunde o leitor desavisado ao escrever na primeira pessoa. Mas o "eu lírico" ou "eu poético", a voz emissora do poema, deve ser visto pelo crítico/leitor como uma máscara (persona) do autor. O poeta alarga sua percepção do mundo e verbaliza em valores positivos e/ou negativos tal percepção, daí resultando o poema, que vai refletir sua experiência pessoal, pois é disso que se alimenta a literatura: da realidade recriada, transmutada, transfigurada.
Poesia é, pois, ficção. Do contrário será confissão, e isso é uma tremenda bobagem, porque a ninguém interessa a dor pessoal de ninguém. (A menos que ninguém se chame Manuel Bandeira, por exemplo, que, ao individualizar sua dor, mitifica-a. Mas esse é outro papo). Poesia também é fissão, rompimento, fratura, fragmentação, reinvenção da linguagem. Equacionando, para gozo dos estruturalistas:
Poesia = (ficção + fissão) - confissão
E não é mero jogo de fonemas. Vejamos o caso extremo de Fernando Pessoa, criador de personas-poetas. Pelo conceito de Eliot, Pessoa está mais para poeta dramático que lírico, revelando-se este no interior daquele. Para mim, cada heterônimo despe/veste máscaras diferentes a cada poema. Logo, Pessoa não é apenas Caeiro, Campos, Reis ou ele-mesmo, mas muitos, muitos outros: Vivem em nós inúmeros (...)/ Tenho mais almas que uma./ Há mais eus do que eu mesmo (...). Mário de Andrade pegou isso legal, também: Eu sou trezentos, sou trezentos-e-cincoenta (...). Eliot conclui seu trabalho com uma constatação genial, se não fosse óbvia: "duvido que em qualquer verdadeiro poema apenas uma voz seja audível". Menos mal, não?
O que eu quero propor, afinal, em comum acordo com o mestre britânico, é que o poeta lírico encarna, em cada poema ou grupo de poemas, uma personagem específica, que traz em si a carga de experiência do autor, mas não é ele. Para ficarmos no âmbito da literatura amazonense, quando Tenreiro Aranha escreveu, há duzentos anos, o antológico soneto da Maria Bárbara, vestiu a máscara da mulher assassinada, despedindo-se do esposo: a voz emissora era a da própria Maria Bárbara, personagem. Tenreiro Aranha, o poeta-cidadão, por outro lado, exprimia-se por ele mesmo, provavelmente, quando praticava aquele aulicismo sem-vergonha, que marca a maior parte de sua obra conhecida, e não precisava fingir que fingia sentir o que não sentia. Aliás, aquilo nem é poesia.
Estas reflexões remetem-me a uma outra falsa crença: a inspiração. É desnecessário, por tudo o que já se disse, enfatizar o caráter falacioso desse fantasma, mas é preciso dizer em alto e bom som que sem muito trabalho não se fazem poemas, não se constrói poesia. As musas não têm escolhidos: somos nós, os poetas, que as escolhemos, que as buscamos incessantemente, as assediamos através de muita leitura, pesquisa e exercício. O devaneio não é um atributo do poeta, mas sim de todo aquele que desenvolve um trabalho criador. E aqui não podemos esquecer Coleridge, para quem "a imaginação é a condição primeira de todo conhecimento".
A sinonímia poeta/profeta está presente no imaginário ocidental desde Sócrates, via Platão, para quem "é quando estão possessos e inspirados por um deus que eles recitam todos esses belos poemas". As "antenas da raça", na verdade, colocam-se à frente de seu tempo (profetas) porque usam a imaginação com mais liberdade que os demais artistas. O poeta anda nu e tem plena consciência disso, não fosse o sorriso maroto que lhe aflora aos lábios, denunciando seu estado de vigília permanente em pleno devaneio. Et tout le reste est littérature.
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Zemaria Pinto é poeta, autor de Corpoenigma e Fragmentos de Silêncio.
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Fonte:
http://br.geocities.com/culturauniversalonline/
Poesia versus poema.
De tão antigo, o tema pode parecer ao leitor menos atento um tanto esgotado. Nada mais enganoso. É recorrente escrever, e falar, que fulano lançou um livro de "poesias", sicrano recitou suas "poesias", fulaninha vai lançar um livro de "poesias" etc. Vá ao dicionário e constate: poesia é uma "composição poética de pequena extensão". Até quantos versos, exatamente? - poderá perguntar o leitor cioso das precisões matemáticas e/ou lingüísticas. Não sei. Mas, esqueçamos o que diz o dicionário e caminhemos um pouco por esse movediço e improvável terreno da teoria literária.
Poesia é o gênero literário, subdivisível nas categorias épica, dramática e lírica. Poesia é a experiência cósmica de um poeta, o conjunto de sua obra. Poesia pode ser também o coletivo do fazer poético em um determinado tempo ou espaço. O poema, por sua vez, é, para efeito didático, a unidade que enforma o todo da poesia: é a composição, um conjunto de versos dispostos de maneira arbitrária pelo poeta, obedecendo a cânones preestabelecidos, estando entre estes, inclusive, a desobediência a cânones preestabelecidos!
Poesia e poema são, portanto, dois animais distintos: este vive sem aquela tanto quanto esta não precisa daquele para ser. Um poema sem poesia, então? Claro, digno da lata de lixo mais próxima, mas um poema. E quantos poemas são perpetrados e quantos livros de poemas são editados sem poesia... A contrapartida define um paradoxo insofismável: a poesia é um estado do ser, é contemplação mística, é o i/logismo a serviço do ir/racional - a poesia é. Ponto.
Há uma enorme carga de poesia em Grande Sertão: Veredas, em A Paixão Segundo GH. Há poesia num quadro de Van Gogh, num filme de Herzog, num pôr-do-sol no rio Negro, num fim de tarde em São Paulo, num passo de contradança, e, com o perdão da má palavra, também se encontra poesia num sorriso de criança. Já o poema, o poema-coisa, o poema-com-poesia, traduz em palavras aquilo que o artista-poeta discerniu no ser da poesia: a poesia traduzida em música, a poesia das imagens, a poesia que inventa línguas, remove palavras e fundamenta a linguagem.
A didática do dicionário, já não tenho mais nenhuma dúvida, é um instrumento ideológico de coerção à poesia: ao tentar reduzir o geral dando-lhe a mesma definição, e, por extensão, as mesmas deformações do específico, procura, em verdade, eliminar ou esquecer o caráter arquetípico primordial da poesia - porque é através da palavra que o homem se aproxima do Ser e de si mesmo. Ignorar essa relação é frustrar todo o acúmulo de conhecimento produzido, desde Aristóteles às mais recentes discussões sobre o caráter intersemiótico da poesia.
Para o leitor cúmplice que aceita que poema e poesia são vocábulos cujos significados se interpolam, mas jamais se cruzam, ainda que sejam partes da mesma gênese grega (poesia = fazer, poema = o que se faz), cito um exemplo bem mais prosaico do reacionarismo do dicionário: ao nomear o feminino de poeta como poetisa, diz que esta é uma "mulher que faz poesias". Evidenciada a má fé (a conotação pejorativa para a palavra poetisa), proponho a adoção definitiva do substantivo poeta comum aos dois gêneros. A bênção, tia Cecília Meireles, que, depois do primeiro espanto, me iluminou.
II - Da arte de fingir
Vimos o quanto é pernicioso o uso do dicionário ao pé da letra, ignorando-se sutilezas próprias de uma linguagem mais técnica e, por isso mesmo, menos vulgar. Mas não é só o dicionário que trama contra a poesia. Quando um crítico confunde, deliberadamente, a obra de um poeta com sua biografia, vendo reflexos desta naquela, ele dá demonstrações de nada entender de nada, caindo numa armadilha secular, que pretende ver na poesia, unicamente, manifestações mentais limitadas ao "eu" do poeta.
No ensaio As Três Vozes da Poesia, T. S. Eliot, identifica-as da seguinte forma: a voz do poeta que fala consigo mesmo, ou com ninguém; a voz do poeta ao dirigir-se a uma platéia; a voz do poeta quando cria uma personagem dramática. Eliot, referia-se, respectivamente, à poesia lírica, à épica e à dramática. Como a minha área de interesse é essa coisa indevidamente chamada de "poesia lírica" (tema para uma outra discussão), vou-me ater unicamente, à questão da primeira voz - "a voz do poeta que fala consigo mesmo, ou com ninguém".
Acontece que o ensaio de Eliot, na verdade uma conferência, apresentada em 1953, não traz nenhuma novidade, uma vez que a crítica empobrecedora sempre achou que o poeta lírico fala somente de si mesmo. Isso é de um reducionismo tão estúpido, que é preciso começar explicando o próprio "caso Eliot": longe de se considerar um poeta lírico, menor, via-se, unicamente, como poeta épico e dramático, nessa ordem, o que facilitava enormemente sua visão distorcida de que todo o resto é poesia confessional.
O poeta lírico, é bem verdade, confunde o leitor desavisado ao escrever na primeira pessoa. Mas o "eu lírico" ou "eu poético", a voz emissora do poema, deve ser visto pelo crítico/leitor como uma máscara (persona) do autor. O poeta alarga sua percepção do mundo e verbaliza em valores positivos e/ou negativos tal percepção, daí resultando o poema, que vai refletir sua experiência pessoal, pois é disso que se alimenta a literatura: da realidade recriada, transmutada, transfigurada.
Poesia é, pois, ficção. Do contrário será confissão, e isso é uma tremenda bobagem, porque a ninguém interessa a dor pessoal de ninguém. (A menos que ninguém se chame Manuel Bandeira, por exemplo, que, ao individualizar sua dor, mitifica-a. Mas esse é outro papo). Poesia também é fissão, rompimento, fratura, fragmentação, reinvenção da linguagem. Equacionando, para gozo dos estruturalistas:
Poesia = (ficção + fissão) - confissão
E não é mero jogo de fonemas. Vejamos o caso extremo de Fernando Pessoa, criador de personas-poetas. Pelo conceito de Eliot, Pessoa está mais para poeta dramático que lírico, revelando-se este no interior daquele. Para mim, cada heterônimo despe/veste máscaras diferentes a cada poema. Logo, Pessoa não é apenas Caeiro, Campos, Reis ou ele-mesmo, mas muitos, muitos outros: Vivem em nós inúmeros (...)/ Tenho mais almas que uma./ Há mais eus do que eu mesmo (...). Mário de Andrade pegou isso legal, também: Eu sou trezentos, sou trezentos-e-cincoenta (...). Eliot conclui seu trabalho com uma constatação genial, se não fosse óbvia: "duvido que em qualquer verdadeiro poema apenas uma voz seja audível". Menos mal, não?
O que eu quero propor, afinal, em comum acordo com o mestre britânico, é que o poeta lírico encarna, em cada poema ou grupo de poemas, uma personagem específica, que traz em si a carga de experiência do autor, mas não é ele. Para ficarmos no âmbito da literatura amazonense, quando Tenreiro Aranha escreveu, há duzentos anos, o antológico soneto da Maria Bárbara, vestiu a máscara da mulher assassinada, despedindo-se do esposo: a voz emissora era a da própria Maria Bárbara, personagem. Tenreiro Aranha, o poeta-cidadão, por outro lado, exprimia-se por ele mesmo, provavelmente, quando praticava aquele aulicismo sem-vergonha, que marca a maior parte de sua obra conhecida, e não precisava fingir que fingia sentir o que não sentia. Aliás, aquilo nem é poesia.
Estas reflexões remetem-me a uma outra falsa crença: a inspiração. É desnecessário, por tudo o que já se disse, enfatizar o caráter falacioso desse fantasma, mas é preciso dizer em alto e bom som que sem muito trabalho não se fazem poemas, não se constrói poesia. As musas não têm escolhidos: somos nós, os poetas, que as escolhemos, que as buscamos incessantemente, as assediamos através de muita leitura, pesquisa e exercício. O devaneio não é um atributo do poeta, mas sim de todo aquele que desenvolve um trabalho criador. E aqui não podemos esquecer Coleridge, para quem "a imaginação é a condição primeira de todo conhecimento".
A sinonímia poeta/profeta está presente no imaginário ocidental desde Sócrates, via Platão, para quem "é quando estão possessos e inspirados por um deus que eles recitam todos esses belos poemas". As "antenas da raça", na verdade, colocam-se à frente de seu tempo (profetas) porque usam a imaginação com mais liberdade que os demais artistas. O poeta anda nu e tem plena consciência disso, não fosse o sorriso maroto que lhe aflora aos lábios, denunciando seu estado de vigília permanente em pleno devaneio. Et tout le reste est littérature.
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Zemaria Pinto é poeta, autor de Corpoenigma e Fragmentos de Silêncio.
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Fonte:
http://br.geocities.com/culturauniversalonline/
2 comentários:
Simplesmente sensacional este "post". É tudo que eu precisava ler neste momento em que assumo a mim mesmo minha tendência à poesia. Sinto-me confortável em não estar sozinho no que tange "regras" que podem restringir meus pensamentos e palavras.
Aproveito para convidá-lo a conhecer, e comentar se possível, meu Blog onde começo a publicar alguns trabalhos.
Obrigado e abraços,
Rafael
Simplesmente sensacional este "post". É tudo que eu precisava ler neste momento em que assumo a mim mesmo minha tendência à poesia. Sinto-me confortável em não estar sozinho no que tange "regras" que podem restringir meus pensamentos e palavras.
Aproveito para convidá-lo a conhecer, e comentar se possível, meu Blog onde começo a publicar alguns trabalhos.
Obrigado e abraços,
Rafael
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