domingo, 2 de outubro de 2011

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 352)


Uma Trova Nacional

Meu sonho quero viver
antes que o tempo, covarde,
mostre, ao ver-me envelhecer,
que, para mim, ficou tarde!...
–TEREZA COSTA VAL/MG–

Uma Trova Potiguar

Por tua porta fingida
entrou minha alma indefesa
em um beco sem saída,
onde até hoje está presa
–CLARINDO BATISTA/RN–

Uma Trova Premiada

2011 - ATRN-Natal/RN
Tema: VERTENTE - 11º Lugar

Represando a dor da mágoa
que pranteia meu desgosto,
dos olhos, vertentes de água
deslizam pelo meu rosto...
–ANALICE FEITOZA DE LIMA/SP–

Uma Trova de Ademar

Uma fé que não se abala,
dai-me, Senhor, sem medida,
para eu poder semeá-la
pelos roçados da vida.
–ADEMAR MACEDO/RN–

.
..E Suas Trovas Ficaram

Com a saudade a nosso lado,
há um mistério que revolta
- a gente volta ao passado,
mas o passado não volta...
–ALCY RIBEIRO S. MAIOR/RJ–

Simplesmente Poesia

Imutável
–HERMOCLYDES S. FRANCO/RJ–


Caiam pétalas de rosas
brancas, rubras, amarelas,
sobre os teus louros cabelos...

E o orvalho das noites frias
- sereno das madrugadas -
sobre o teu vulto tranquilo...

Caiam as bençãos de Deus
e o cantar dos querubins,
sobre o teu ser temporal...

Caiam meus olhos, inquietos,
e os meus sonhos mais complexos,
em tua alma acolhedora...

A beleza de que és feita,
permanecerá intacta,
perturbadora... Imutável!...

Estrofe do Dia

Viajando pra o sertão um belo dia
vi na beira da estrada uma tapera,
e para o meu entender ela queria
me contar a sua vida como era :
Eu fui feita de barro, sem cimento
e hoje vivo a mercê da chuva e vento
sem porta, sem ferrolho e sem tramela;
e diga a quem passar por essa estrada...
Toda casa de taipa abandonada,
guarda um grito de fome dentro dela!
–ADEMAR MACEDO/RN–

Soneto do Dia

Meu Sonetear
–DEDÉ MONTEIRO/PB–


Não soneteio tão bem como dizes
mas quando o faço, quando soneteio
faço-o ansioso por deixar felizes
almas que sonham sem qualquer receio.

Faço-o seguindo as mesmas diretrizes
de alguém que pisa num plantio alheio
cheio de brotos, cheio de raízes
e um espantalho a vigiar no meio.

Esse plantio são os dois quartetos
que, atravessados, juntam-se aos tercetos,
campo minado não cruzado ainda.

Se cruzo intacto, sem que nada exploda,
minha alegria se esparrama toda
e eu mesmo aplaudo a minha peça finda.

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