segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 353)


Uma Trova Nacional

Tentei fugir de mansinho...
devagar, romper os laços...
Desisti : qualquer caminho
sempre me leva aos teus braços...
–WILMA MELLO CAVALHEIRO/RS–

Uma Trova Potiguar

Quando o vaqueiro valente
se encontra longe de casa,
no seu aboio plangente
toda a saudade extravasa.
–REINALDO AGUIAR/RN–

Uma Trova Premiada

2010 - ATRN-Natal/RN
Tema: INSPIRAÇÃO - 11º Lugar

“Bate” a inspiração na gente...
Verso nenhum se aquieta,
quando Deus, onipotente,
nos permite ser poeta!
–ROBERTO TCHEPELENTYKY/SP–

Uma Trova de Ademar

O tempo mostrou-me enfim,
sem regras e sem medida,
que a poesia é para mim
uma opção real de vida.
ADEMAR MACEDO/RN–

...E Suas Trovas Ficaram

Não paras quase ao meu lado ...!
e em cada tua partida,
eu sinto que sou roubado
num pouco da minha vida ...
–LUIZ OTÁVIO/RJ–

Simplesmente Poesia

Mote:
Toda casa de taipa abandonada,
Guarda um grito de fome dentro dela.

Glosa:
Tapera velha na beira da estrada
Onde mora o fantasma da maldade
É o retrato da tristeza que invade
Toda casa de taipa abandonada.
Foi projeto de vida inacabada
Triste, morreu insepulto e sem vela
Sem porta sem tramela e sem janela
É um retalho de vida mal vivida
Como um brado de revolta incontida
Guarda um grito de fome dentro dela.
–MARIVA/PB–

Estrofe do Dia

Eu não vou debruçar-me na janela
e nem vou conversar com as vizinhas,
porém através das preces minhas
me inspiro ao reflexo de uma vela,
se me chamam pra ver uma novela
eu recuso o convite e digo não;
para mim a maior televisão
é pensar em “Chudu” eternamente,
acredito que Deus está presente
no silencio da minha solidão.
–DINALVA/PB–
(VIÚVA DE MANOEL CHUDU - POETA VIOLEIRO)

Soneto do Dia

Tenho Pena
–SÔNIA SOBREIRA/RJ–

Tenho pena dos que sofrem na vida,
neste mundo tão mau tão inclemente,
dos que morrem sem culpa, do inocente
que sozinho, nem sabe o que é guarida.

Da montanha calada e soerguida
que altiva enfrenta as águas da vertente,
do mar, enfurecido de repente,
das ondas que se curvam na descida.

Tenho pena do brilho das estrelas,
dos cegos, que jamais poderão vê-las
e do tempo que mostra a realidade.

Tenho pena das lágrimas vertidas,
da ilusão cujas asas são partidas
e de um sonho que deixou tanta saudade.

Fonte:
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